terça-feira, 30 de julho de 2019
Durante reunião, ministro da Cidadania falou sobre a necessidade da descentralização da cultura e da democratização do acesso para as populações em vulnerabilidade social


O ministro da Cidadania, Osmar Terra, recebeu representantes do Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais, na tarde desta segunda-feira (29). Durante o encontro, o ministro destacou alguns dos principais objetivos de sua gestão, como, por exemplo, a ampliação do acesso às atividades culturais. “A arte e a cultura têm que chegar ao maior número possível de pessoas e não ficar concentrada em umas poucas cidades ou para uma faixa da população, precisa chegar a todos”, disse Terra. Também esteve presente à reunião o secretário especial da Cultura adjunto, José Paulo Soares Martins.

O Fórum Brasileiro pelos Direitos Culturais estava representado pela sócia fundadora da Expomus Projetos de Exposições Culturais e Museus, Maria Ignez Mantovani, pelo presidente do Instituto Tomie Ohtake, Ricardo Ohtake, pela sócia fundadora da consultoria jurídica Olivieri, Cristiane Olivieri, e pelo diretor da Associação de Produtores Teatrais Independentes, Gabriel Fontes Paiva. Criado em junho de 2016, o Fórum reúne mais de 160 instituições com o objetivo de fortalecer e aprimorar a produção cultural e criativa em todo o Brasil.

Segundo Maria Ignez, a presença de representantes dos mais diversos setores culturais é uma das vantagens do grupo. “O Fórum tem representantes de todas as áreas e, por esta razão, é muito rico para todos. Possibilita que nós, que somos de áreas específicas, possamos conviver em um espectro maior e conhecer mais profundamente as diferentes temáticas e setores da cultura”, explicou.

Sessões especiais

Dentre as sugestões levadas pelos representantes do Fórum está a realização de sessões especiais para contemplar as cotas de ingressos que devem ser distribuídos de forma gratuita. De acordo com Olivieri, quando uma escola vai levar os alunos a uma peça de teatro, por exemplo, é muito mais fácil alugar apenas um ônibus e levar os estudantes de uma única vez, ao invés de distribuir ingressos para várias sessões.

Além disso, segundo Gabriel Paiva, a sessão especial ainda possibilita atividades como palestras e entrega de material didático, entre outras, o que não é possível quando os ingressos são distribuídos para uma apresentação comum. “Nós queremos prestar um serviço de qualidade e empreender atividades que sejam mais eficazes para a formação de público”, disse o diretor.

Osmar Terra afirmou que o Ministério da Cidadania tem trabalhado para que as prefeituras possam auxiliar tanto com a distribuição dos ingressos como para a descentralização da produção cultural. “Nós estamos trabalhando para que as prefeituras das mesorregiões brasileiras, com 30, 40 municípios, possam levar as atividades culturais até as suas cidades. Nós queremos estabelecer uma programação cultural intensiva para estas regiões, com festivais de música, de dança, de teatro, de audiovisual”, informou.

Os representantes do Fórum convidaram o ministro a participar de um dos encontros do grupo, realizados em São Paulo. Também se disponibilizaram a auxiliar o Ministério da Cidadania a pensar estratégias para unir a cultura ao desenvolvimento social e a ações educativas.

Fonte: Cultura

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