quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Mães, pais, profissionais de saúde e sociedade estiveram reunidos, nesta quinta-feira (1º), em um bate-papo descontraído e emocionante sobre aleitamento, maternidade, rede de apoio e barreiras sociais relacionadas à amamentação, mediado pela jornalista e mãe Mariana Dias. A roda de conversa, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em seu auditório, abriu oficialmente as atividades alusivas ao Agosto Dourado.

Este ano, a campanha tem como tema “Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação: hoje e para o futuro!”, com foco o empoderamento das famílias para tornar o entorno da mulher um ambiente positivo, humanizado, para que essa mãe não se sinta sozinha e assim o processo de amamentação seja mais fácil.

“O aleitamento exclusivo até os seis meses de vida traz inúmeros benefícios para o bebê, como adoecer menos, crescer mais saudável. Faz parte da nossa diretriz de Governo o cuidado materno-infantil, ou seja, o cuidado com a mãe, com a criança e propiciar que as mulheres maranhenses possam amamentar seus filhos, exclusivamente, no peito até os seis meses”, explicou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula.

O secretário reforçou ainda as políticas desenvolvidas nas maternidades do Estado para fortalecer o aleitamento. “Hoje, na rede estadual, temos dois bancos de leite humano: um na Maternidade de Alta Complexidade, em São Luís, e o outro Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz, para oferecer suporte às mães. Além disso, em nossas maternidades temos uma rede de cuidados com o bebê e com a mãe, a promoção da roda de gestantes e pais, cursos para que se sintam mais seguros em todo processo”, destacou o secretário.

A programação do Agosto Dourado inclui palestras nas maternidades em São Luís, orientações e divulgação do banco de leite da Maternidade de Alta Complexidade do Maranhão (MACMA), um mamaço na Escadaria da Rua Graça Aranha, cursos de aleitamento materno para os profissionais da saúde, dentre outras ações.

“Nas nossas unidades de saúde, esse processo de amamentação é construído com toda nossa equipe e, na casa da puérpera, deve ser composto por toda família, pai, avós, tios, padrinhos, ou seja, todos aqueles que cuidam dessa mulher, para que ela se sinta acolhida e capaz de amamentar seu bebê”, destacou a chefe do Departamento de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente da SES, Raimunda Formiga.

Compondo a programação de abertura, a médica neonatologista e representante da Sociedade Maranhense de Puericultura e Pediatria do Maranhão, Roberta Albuquerque, falou sobre a importância do leite materno como alimento exclusivo e rico em todos os nutrientes que o bebê precisa.

“O leite materno é o melhor alimento. É padrão ouro para o bebê. Ele favorece o desenvolvimento motor, cognitivo e imunológico da criança. Por isso, essa amamentação deve ser estimulada até o sexto mês de forma exclusiva. Não existe leite fraco e precisamos quebrar os paradigmas: leite que não alimenta, adição de chás, leites, massas alimentares. O bebê não precisa dessas adições. O próprio organismo da mulher vai produzindo aquilo que é necessário”, contou a médica.

Participando do evento, a estudante de farmácia Ana Paula Sampaio, mãe do Guilherme, de dois meses, pretende amamentar conforme o recomendado. “Esse evento é muito importante para ressaltar a sociedade sobre a importância de ajudar a mãe nesse processo de aleitamento. Tudo que precisamos é de apoio. O leite tem os nutrientes que o bebê precisa para ser uma criança saudável. Quero poder amamentar até o sexto mês, como orienta a Organização Mundial de Saúde”, disse.

Uma das convidadas da roda de conversa foi a enfermeira especialista em amamentação e mãe de gêmeos, Emmanuele Balata, que contou sua experiência como enfermeira que acompanha mulheres no processo de amamentação e também como mãe.


“O processo de amamentar começa na cabeça da mulher. De nada adianta ela ter na unidade de saúde, seja ela privada ou pública, toda assistência que precisa com equipe multidisciplinar, se em casa ela não tiver toda uma rede de apoio, que envolve, além do pai, os avós, tios, padrinhos, as pessoas que vão cuidar dessa mulher, que está frágil. Alimentar essa mãe, cuidar daquilo que ela não consegue mais, pois está totalmente voltada para o bebê”, comentou.

Imperatriz

O Hospital Regional Materno Infantil (HRMI), em Imperatriz, também realizou a abertura da programação alusiva ao Agosto Dourado e à Semana Mundial de Aleitamento Materno, com a presença de autoridades, pacientes, doadoras e trabalhadores da saúde. No município, a campanha acontece até o dia 8, sob a coordenação do Banco de Leite Humano do HRMI.

A campanha promoverá ações de intensificação sobre a importância da amamentação e doação de leite nas enfermarias, palestras na Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) Dra. Eimar de Andrade Mello, blitz no centro da cidade e stands serão montados em dois shoppings da cidade para tirar dúvidas e conscientizar o público acerca do aleitamento materno.

Fonte: MA.gov 

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