quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O Jornal Cazumbá em conversa com o Senhor Albérico Filho, Prefeito de Barreirinhas, durante o Encontro do Programa de Regionalização do Turismo – PRT, que aconteceu em São Luís, dentre muitos temas relacionado a sua cidade, um veio à tona: o voucher digital – (Veja matéria aqui / Voucher para Inglês ver), ferramenta usada no processo de vendas e operacionalização de passeios nos Lençóis Maranhenses, que segundo um grupo empresários, continua suspenso. Para esclarecer sobre o assunto, conversamos com o prefeito. 

Confira! 

Jornal Cazumbá – Prefeito, o voucher digital do município de Barreirinhas tem suscitado algumas polêmicas. Como está a situação do voucher digital? Está funcionando a contento?

Albérico Filho - As pessoas que falam do voucher eu realmente fico aqui até perplexo, porque é uma ferramenta que foi reconhecida como um dos projetos mais importantes para o turismo brasileiro, reconhecido pelo Ministério do Turismo e ganhamos o prêmio nacional. 

A mesma ferramenta nós ganhamos o prêmio do prefeito empreendedor por inovação, pela potencialidade que essa ferramenta nos traz. Essa ferramenta dá segurança, que é algo imprescindível para o turismo. E por que ela faz isso? porque quando você se registra com o voucher, eu sei onde você está hospedado, eu sei qual foi o destino turístico que você visitou, sei qual é o carro e motorista que você foi, sei com qual  guia turístico que você estava e tudo isso registrado naquela pulseirinha. Então, qual é a dificuldade que isso vai trazer para algum empresário? Nenhuma! Ao contrário você vai dar vai dar um tempo para que ele possa inclusive trabalhar com mais perfeição para quem exige muito profissionalismo, que é o nosso turista.

JC - Os empresários abraçaram essa causa? Qual o percentual de aceitação? 

AF - Nós temos hoje 53 agências. Quem estava realmente contrariado não chegou a 15 ou 17, essa é a informação oficial que eu tenho. O que aconteceu, na verdade, foi uma centralidade de determinadas pessoas e alguns deles não querem que a gente tenha todos os dados, mas mesmo assim nós temos que é a emissão da nota fiscal, pois o voucher não cobra um centavo de ninguém. O que o voucher faz é um gerenciamento da atividade turística do município, e isso me dá embasamento para que eu saiba o que você como agente está faturando, por exemplo, eu tenho dados de maio do ano passado até o mês de dezembro, na qual as agências faturaram quase R$ 10 milhões de reais, geraram com isto o ISS – que não é o voucher – e nos rendeu quase R$ 350 mil reais de ISS, dos quais a metade é gerenciada pelo Funtur, o Fundo de Turismo do município.  

Então, eu não entendo essa insatisfação, porque é uma ferramenta imprescindível tanto é que todos os órgãos que conhecem essa ferramenta se utilizam desta pela estatística e pelo poder de gerenciamento que ela dá a todos nós.

JC - Esse repasse para o Funtur do município, como está sendo o manejo desses recursos?

AF - Muito simples, o que você recolhe de atividade turística 50% é administrado pelo Funtur, o restante pela prefeitura para fazer colégio, para botar remédio, para fazer toda a infraestrutura para o resto da sociedade de Barreirinhas.

JC – Prefeito, os empresários reclamam que nem ao menos dois banheiros públicos solicitados com retorno urgentes, foram entregues aos turistas, também foi pedida uma ponte e até agora não foi feita. Qual o motivo?

AF - Eles tem razão quando reclamam do atraso da colocação do banheiro, que por sinal já tem dois em pleno funcionamento, desses três apenas um está sendo financiado pelo Funtur e o terceiro que vai entrar em funcionamento agora pelo atraso do biodigestor que demorou a chegar.

As pontes que foram feitas foram custeadas com o dinheiro da prefeitura, não foi com os recursos do Funtur.

JC - Desses R$ 350 mil de ISS, como tá sendo fiscalizado e de que maneira esse dinheiro está sendo gasto?

AF - Está sendo gasto de acordo com o Conselho Municipal de turismo – COMTUR, que diz o que quer e o que não quer fazer com esses recursos, em parceria com a prefeitura e, diga-se de passagem, desse imposto só à metade foi paga até agora. 


Foto: Divulgação/Internet 

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