segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Se há um profissional que simboliza uma cidade, que traduz o que há de melhor em um atrativo, esse profissional é o Guia de Turismo. Ser Guia de Turismo é ter propriedade sobre um fato, um acontecimento ou ter “na manga” alguma curiosidade engraçada ou até mesmo inacreditável pra contar para aqueles que pagam para conhecer nossa cultura.

Nossas ruas, becos e mirantes são feitos de boas e marcantes histórias, que bem contadas transformam qualquer pedrinha solta no chão em diamante bruto.

Esse trabalho exige muito estudo, comprometimento, ética e disposiçao para encarar o nosso sol generoso e os declives que fazem do nosso Centro Histórico uma beleza para se apreciar de tênis e roupas leves.

Não há destino ou atrativo turístico sem guias. A contemplação não basta para visitantes àvidos por coisas novas e as informações que vem dos guias complementam qualquer paisagem.

Quem nunca quis saber de onde vem o termo ludovicense? E o cuxá? Talvez sobre o doce de espécie? Pois é, um historiador ou um bom guia resolvem essas questões em segundos, já que ambos são preparados para tirar qualquer dúvida sobre etimologia, cronologia e contextos históricos.

Não, historiadores, não me entendam mal, voces sabem tudo muito mais aprofundadamente. Os guias entendem os fatos isolados e os relacionam com a atividade turística.

Dia 10 de maio é o Dia Nacional do Guia e também o Dia Municipal, fato comemorado pelo Sindicato de Guias de Sao Luís de forma muito compromissada com seus associados e com a causa. Ofereceram palestras e passeios a todos do trade chamando a atenção para assuntos importantes e vitais para a sobrevivência da profissão em São Luís.

A obrigação de saber sobre tudo da cidade me fez em determinada vez, guiando um grupo de antopólogos do Rio Grande do Sul, ser pega de surpresa diante da pergunta sobre a etimologia da palavra “Calhau”, que óbvio eu nao sabia, como de fato ainda nao sei! Na hora fiquei sem graça, embora tenha admitido minha falha no momento a todos do grupo, mas hoje entendo que esses desafios são a melhor coisa da profissao. Crescer sempre e aprender cada vez mais.

O cenário desolador que a cidade oferece hoje aos seus turistas obriga todo e qualquer guia a tirar de si e da cidade o seu melhor, aquelas informações que ficarão na mente de todos de forma memorável.

Parabéns a todos os guias e viva a história do Maranhão!

A propósito, de onde vem a palavra “Calhau”?

Texto Originalmente publicado na Edição N° 73 maio 2010 do Jornal Cazumbá
Foto Ilustrativa / Recorte / Internet

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