quarta-feira, 8 de janeiro de 2020
As altas temperaturas da estação mais quente do ano podem causar incômodos para os pets; o Cleber Santos, veterinária da ComportPet, dá dicas para os tutores aproveitarem essa época do ano com seus bichinhos de uma forma saudável e em segurança


São Paulo, janeiro de 2020 - O verão é a estação mais aguardada por muitos brasileiros, pois é a época mais propícia para tomar aquele banho de piscina, passear no parque com seu cão, ou até mesmo ir à praia. Mas para aqueles que costumam levar os seus pets para passeios ao ar livre e viagens,  por mais que seja uma época em que as atividades fiquem mais divertidas para os animais, é importante se atentar aos cuidados para que os bichinhos não se prejudiquem com o “calorão”. 

Cleber Santos, especialista em comportamento animal e proprietário da ComportPet, explica que os animais, assim como os seres humanos, podem sofrer muito com o calor excessivo, principalmente em épocas como a atual,  em que os meteorologistas preveem altíssimas temperaturas durante toda a estação. “Os tutores devem buscar formas de refrescar o cão, para que ele não se sinta mal nem desanimado e consiga aproveitar todos os momentos de forma saudável”, explica.

Abaixo, o especialista lista algumas dicas para driblar o calor:

Horários do passeio


Passear é uma das atividades preferidas dos cães, e não deve ser deixada de lado quando as temperaturas estão altas. Porém, é aconselhável que tutores evitem praticar atividades físicas -  como passeios, agility, corridas, aulas de adestramento -, com seus cães, em  horários mais quentes do dia - 10h às 16h. “Nesse meio tempo, as atividades devem ser restritas a áreas cobertas com sombra, bem ventiladas e com piso que não queime as patinhas dos cães. O asfalto quente é um grande causador de queimadura dos coxins (almofadinhas das patas) de nossos pets nessa época”, explica Cleber. 

Para o especialista, algumas raças necessitam de atenção dobrada nesta época do ano. “Os cães braquicefálicos, de focinho achatado - Pug, Shih Tzu, Buldogue , Sharpei, entre outras raças - costumam ter complicações respiratórias frente ao calor excessivo que podem levar a morte, como a síndrome da angústia respiratória”, alerta.

Hidratação


O cão deve ter sempre por perto uma tigela com água filtrada fresca e limpinha durante todo o dia e noite. De acordo com a especialista, um cão precisa em média de um consumo hídrico de 60 ml/kg/dia. Para garantir este frescor, sugere-se que pedras de gelo sejam adicionadas na água. “Atualmente é possível encontrar desde bebedouros automáticos  - permite que água esteja em movimento, limpa e filtrada -, até uma camada de gelo reciclável por baixo da tigela, que garante o frescor por mais tempo”, explica. 

Pedaços de fruta gelada e água de coco são boas opções, porém Cleber faz uma observação importantíssima: “O líquido extraído do coco é amado por quase todos animais, mas ele deve ser utilizado como um complemento e não substituto. Já as frutas, algumas devem ser evitadas, como  carambola, uva e sementes de qualquer fruta”, alerta.

Invista na proteção solar


Tomar um simples banho de sol diário, pode ser bastante prazeroso para os cães, porém requer cuidados extras. Desta forma, para o especialista, é “obrigatório” que cães usem protetor solar,  principalmente nas áreas do corpo com pouco pelo que deixam a pele mais desprotegida. “Recomenda-se que os tutores usem protetores solar desenvolvidos para cães e gatos, com FPS acima de 30, pois a pele dos animais são dermatologicamente diferente da  humana”, recomenda.

 Mantenha o banho e a tosa do pet em dia 


Os banhos semanais e a tosa higiênica não só servem para refrescar os pets, mas para mantê-los limpinhos. No caso dos animais de pelagem longa, aconselha-se, nessa época,  uma tosa mais curta, como por exemplo tosa bebê, que facilita a limpeza das patinhas, barriguinha, focinhos e região traseira no dia-a dia. “ Ajuda a evitar que a pelagem fique embaraçada e encardida,  além de evitar problemas de pele”, complementa o profissional.

Como os cães mantêm a troca de calor por meio da língua e coxins, é importante que a região esteja limpa.  “Se os donos não tomarem as medidas adequadas, o calor pode ser cruel com os animais, principalmente aqueles de pêlo longo. Por isso, manter o comprimento curto, além de ser mais higiênico, também irá proporcionar uma sensação de frescor para os bichinhos.”, finaliza Cleber.

Sobre Cleber Santos - Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos, quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos, Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet, centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de pets de famosos, entre eles o DJ Alok.

Informação: ComportPet
Crédito: Envato Elements

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