quarta-feira, 8 de janeiro de 2020
Crianças vão literalmente colocar a mão na massa e aprender receitas saudáveis


SÃO LUÍS - Não é fácil encorajar as crianças a terem uma alimentação saudável e equilibrada hoje. Parece às vezes até injusto trocar um cardápio de batata frita, hambúrguer, biscoitos recheados, pizza, bolos de chocolate, sorvete e refrigerantes por um cardápio saudável repleto de cenoura, beterraba, chuchu, acerola, laranja, couve, alface e outros legumes, verduras e frutas. Atualmente a dificuldade na educação alimentar de crianças tem grande contribuição da vivência da alimentação industrializada incentivada desde a infância com a perda do tempo destinado a aquisição e preparação das refeições, e da mudança de hábitos como almoçar em família.

Pensando em criar novos hábitos nas crianças e estimular uma alimentação saudável, a Unidade de Promoção da Saúde SESI Araçagi promove no dia 14 de janeiro, uma Oficina de Culinária Infantil, voltada para crianças de 7 a 12 anos.

A Oficina acontece das 9h às 11h, no salão de eventos, no térreo, da Casa da Indústria, na Cohama. No curso tem duração de 2 horas envolve noções de alimentação saudável, incentivo ao consumo de frutas e hortaliças, sustentabilidade e noções de higiene. As crianças preparam e degustam receitas nutritivas e saborosas e ainda recebem material didático.

A garotada vai colocar a mão na massa e aprender a preparar receitas saudáveis de forma prazerosa e divertida. As vagas são limitadas e a inscrição custa apenas R$ 25,00 (Vinte e cinco reais). Mais informações pelo telefone (98) 3248-1969.

OBESIDADE - Nos últimos 30 anos, o Brasil reduziu significativamente a desnutrição infantil, mas o problema coexiste hoje com a obesidade. Fenômeno recente da insegurança alimentar e nutricional que pode se expressar na população independentemente de sexo, idade, raça ou classe social.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos têm obesidade. Uma em cada três não chegarão ao nível da obesidade, mas estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

A pesquisa de orçamentos familiares do IBGE mostra que pão, biscoitos, macarrão e arroz são responsáveis por 35% das calorias consumidas pelo brasileiro em casa. Refrigerantes e doces somam 13% dos produtos consumidos, acima inclusive das carnes com 12,6%. Frutas e sucos naturais são só 2% do que é comprado, e legumes e verduras 0,8%.


A alimentação saudável desde os primeiros anos de vida garante crescimento adequado, prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis além de maior disposição para realização de atividades com saúde visto a garantia de nutrientes essenciais para o desenvolvimento da criança como um todo.

A prevalência de obesidade e sobrepeso aumenta na população brasileira. A projeção dos resultados de estudos realizados nas últimas três décadas indica um comportamento epidêmico, de acordo com “As Diretrizes Brasileira da Obesidade-2016”, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), que detecta um aumento gradativo da obesidade e do sobrepeso desde a infância até a idade adulta.

“Precisamos encorajar as crianças a fazerem refeições regulares, à mesa e em família, o que pode não só reduzir a ingestão de snacks (produtos de pastelaria, salgados ou doces), mas também promover importantes valores sociais. A oficina de Mini Chef trabalha diretamente na educação alimentar proporcionando incentivo a adesão da alimentação saudável com dinâmicas educativas e vivência pratica com preparação e degustação de receitas nutritivas e saborosas”, enfatizou a nutricionista do SESI e responsável pela oficina, Vanessa Carvalho Santos.

“Ao terem esse contato com a culinária saudável, as crianças apresentam mais probabilidades de se tornarem consumidoras mais aventureiras e à medida que vão crescendo e tornando-se mais confiantes, e quem sabe podem ater ajudar a fazer uma refeição mais saudável para a família. A educação alimentar é base para que a criança tenha adesão à alimentação saudável”, finalizou o superintendente regional do SESI, Diogo Lima.

Dicas para prevenir a obesidade na infância  

Procure o especialista: Os pais dificilmente identificam a obesidade em seus filhos. Daí a importância de levar a criança ao pediatra para as consultas de rotina. Diagnosticar o problema é o primeiro passo para combatê-lo. O adolescente obeso corre grande risco de se tornar um adulto obeso.

É essencial criar um ambiente saudável em casa. Crianças precisam de regras também na educação alimentar. Por exemplo: ter horário certo para as refeições e não comer em frente à TV são duas regrinhas básicas. O tempo em frente à TV, aos celulares e videogames sempre pode ser reduzido. Alguns tipos de jogos eletrônicos podem ser aliados, como, por exemplo, aqueles que estimulam movimentos e exercícios físicos. Mesmo assim deve-se limitar o tempo para esse tipo de brincadeira.

Incentive a alimentação saudável: Os pais devem servir de exemplo. Ensine às crianças a importância de uma alimentação balanceada, rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais e proteínas de boa qualidade, como, por exemplo, peixes e carnes magras. Opte sempre que possível por alimentos naturais e com menos açúcar, sal e gorduras. Na infância, o leite é fonte de proteína e cálcio e deve fazer parte de uma alimentação balanceada. Prefira iogurtes e queijos com menor teor de açúcar, sal e gorduras. Lembre-se que alimentos e bebidas açucarados levam ao excesso de peso e à formação de cáries. E ofereça água com frequência.

Tratamento: Na infância, o foco deve ser a melhora da alimentação e a orientação para hábitos saudáveis. As crianças devem brincar, fazendo atividade física por, pelo menos, uma hora por dia. No caso dos jovens, o tratamento, dependendo de cada caso, pode incluir, a partir de orientação médica, dietas restritivas, uso de medicamentos e até cirurgia para tratar a obesidade grave.

Informação: Fiema 

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