sábado, 7 de março de 2020
Participação feminina no mercado de viagens provoca adaptações e a criação de nichos específicos para ‘elas’


O Dia Internacional da Mulher é celebrado neste domingo (08.03), e o Ministério do Turismo homenageia todo o universo feminino que ajuda a movimentar o setor - e, inclusive, provoca adaptações na área. Algumas empresas do segmento oferecem serviços especializados de viagem, como a possibilidade de dividir experiências com outras pessoas e fazer amizades.

A SisterWave, de Brasília (DF), por exemplo, organiza uma rede exclusiva de mulheres que abrem as portas de suas casas para hospedar viajantes. Atualmente, 397 anfitriãs estão cadastradas na plataforma em mais de 141 cidades brasileiras. Jussara Pelicano, CEO da empresa, explica que a proposta desperta o interesse de viajantes desacompanhadas.

“A ideia é promover conexões entre mulheres por meio de hospedagens acolhedoras a preços acessíveis. É uma forma de viajar mais imersiva, em que é possível vivenciar o destino de maneira mais humana e com contato real com a cultura local. O objetivo é que cada vez mais mulheres se sintam livres e possam viver experiências transformadoras”, explica Jussara.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, elogia a contribuição feminina ao desenvolvimento do ramo. “Agradeço a todas as mulheres, especialmente àquelas que, de alguma forma, contribuem para o turismo. Trabalhadoras ou turistas, todas são essenciais na transformação do Brasil em um país melhor e mais humano”, enaltece.

OFERTA - O nicho feminino também proporciona outras possibilidades. É o caso de um serviço oferecido pelas paulistas Fernanda Erasmo, Raquel Cirino e Rosane Mendes, que, após viajarem sozinhas várias vezes, criaram a agência Mulheres Pelo Mundo. Há 10 anos, a empresa organiza roteiros com mulheres que queiram compartilhar suas histórias.

Já para as que preferem passeios mais radicais, há agências que promovem viagens voltadas à prática de aventura ou esporte. Uma delas, do Rio de Janeiro, responsável pelo programa ‘Soul Delas’, alia turismo ao ensino de surf, ciclismo e stand up paddle, entre outras modalidades. “Muitos acham que mulher não viaja em busca de esporte, mas isso não é verdade. Este é um nicho em expansão”, ressalta Rita Santos, turista que viaja em busca de aventuras esportivas.

MULHERES NO TURISMO - A presença feminina no mercado de viagens também é sentida no mercado de trabalho. São artesãs, hoteleiras, aeromoças e diversas outras funções, que dão força ao ramo. Dados do Ministério do Turismo apontam que, dos guias de turismo registrados no Cadastur, mais da metade são mulheres (53%).

Elas também se destacaram no 2º Prêmio Nacional do Turismo, entregue em dezembro de 2019. Entre as oito categorias de profissionais de destaque da seleção, cinco foram vencidas por mulheres. Além disso, dos cursos de capacitação disponibilizados pelo MTur por meio das plataformas Brasil Braços Abertos e Gestor de Turismo, as mulheres respondem por 24.793 das inscrições.

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