segunda-feira, 13 de abril de 2020

Como essa coluna se propõe a tratar de ócio, como deixar de fora o programa de TV mais divertido do momento? Não há quem não comente nesse período as figuras que se propõem a nos representar nos próximos quatro anos no programa eleitoral gratuito.

Dando uma pesquisada rápida na internet, vi que em São Luís pouca coisa mudou. Antigos e engessados candidatos recolocam seus nomes à prova e muitos desses, sem terem dado resultados interessantes de fato. Continuam com suas “caras lavadas” falando, falando e aguardando que os pactos de partido e de coligações façam o trabalho.

De novo mesmo, só “os filhos”. Filho de Ex-governador, de ex- vereador, de ex-deputado, de “ex-tudo” e pensando bem, essa história não é tão nova assim. Tem também ex genro, ex amigo, ex cunhado e ex namorado. De alguém que ou não pode, ou morreu, ou foi afastado por ficha suja ou por idade.

Vi até Pedro Celestino surgindo pequenininho, de leve pra incomodar e fazer lambança de novo. Mal pude acreditar.

Sempre tem um engraçadinho que se destaca e aqueles que se utilizam de personagens famosos para se promover. Em São Luís tem um Obama. Aqui em São Paulo também!

Como ainda não entendo bem do contexto político de São Paulo, o que vejo no programa são as aberrações, que claro, são na mesma proporção do tamanho da cidade! São intermináveis os candidatos com nomes esquisitos. Outros tantos com nomes engraçados e aqueles velhos conhecidos do país que de vez em quando estampam um escândalo ou outro de corrupção. Nesse rol, o Maluf figura como “representante mor” da categoria.

Os engraçados, que são muitos, infelizmente, não posso descrever aqui. A graça está na montagem dos personagens e pra isso, só olhando mesmo.

Como São Paulo é uma das principais vitrines do Brasil, as “celebridades” e “subcelebridades” que embelezam o horário político são famosos e revezam Faustão, Gugu e os diversos programas de auditório da TV, logo todo mundo aqui em São Luís conhece.

Lembram do Kiko e do Leandro que formam o trio KLB? Pois é, candidatos a Senado e Deputado Federal respectivamente. Faltou o Bruno, que por um motivo ainda desconhecido perdeu a oportunidade de se candidatar a Deputado Estadual para o trio ficar certinho.

Pro samba de raiz ter vez, Leci Brandão chega cheia de “ziringuidum”, para o forró encher o saco ainda mais, Frank Aguiar continua dando gritinhos, Agnaldo Timóteo agora saiu do mundo musical e encara a herança de Clodovil e fala assim, na “dura” pra quem quiser ouvir. Ronaldo Espere nem precisou mudar de lado. Promete dar agulhadas em tudo que passar pela frente.

Juca Chaves, nosso grande menestrel propõe ao povo brasileiro fazer umas “riminhas” contra o decoro parlamentar. Não sei não, mas acho que isso não resolve muito nosso problema não. Quem sabe um Rock’n’Roll?

O pagode não fica de fora com a presença ilustre do Netinho de Paula, apontado como o dono de uma das vagas do Senado Federal, podem acreditar. Isso mesmo. Mesmo batendo em mulher!

Barganhando a fama do Balão Mágico, Simony é apresentada pelo Maluf como uma autêntica representante das grandes cantoras do Brasil (cof cof cof!). Na sequência, entra Maguila com luvas de boxe querendo dar porrada em alguém e bem que podia ser nos últimos dois citados para largarem de “cara de pau”, isso sim!

Saindo das subcelebridades e entrando do mundo futebolístico, Vampeta e Dinei estão gastando o dinheiro que ganharam na “G Magazine” com a campanha pra defender a Copa 2014, as Olimpíadas 2016 e o Estádio do Corinthians! E o Marcelinho Carioca pra defender as mesmas coisas, mas com uma postura mais arrumadinha!

Pra piorar ou (não!), a Mulher pêra, sem propostas, mas com uma cinturinha de pilão, encanta os homens e enfeita a tela por 5 segundos. Diferente de Léo Áquila (aquele travesti que apareci da TV e depois virou homem e depois “traveco” de novo) que enche a tela com suas longas madeixas e por aí a presepada segue solta...

A coisa vai passando do absurdo para o ridículo quando o Raul Gil fala em nome do filho e a Mara Maravilha em nome do marido. Uma coisa dolorida de se ver.

Quando o programa eleitoral já está ficando sem graça, chega a hora da palhaçada (literalmente) e chega Tiririca dançando, não falando coisa com coisa e irritando todos os políticos sérios (ou não) de São Paulo. É a “bola da vez”. “Já ganhou” e nas pesquisas eleitorais é apontado como um possível mais votado. Na mesma linha, tem o “Palhacinho Pimpão”, o “Palhaço Duda show” e o Batoré, comediante sem a menor graça!

A política do país, tá assim: uma palhaçada!

Texto Originalmente publicado na Edição N° 77 setembro 2010 do Jornal Cazumbá

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