quinta-feira, 16 de abril de 2020
FIEMA auxiliou Sindivest e Sinduscon em pleitos junto ao Governo e Caixa e apoia Sindigraf no trabalho com protetores faciais


SÃO LUÍS – A crise do novo coronavírus afeta a indústria simultaneamente pela queda na demanda por seus produtos, pela dificuldade em conseguir insumos e matérias-primas e pela redução da oferta de capital de giro no sistema financeiro, além do cancelamento de pedidos que impacta significativamente no faturamento. Aliada à queda na demanda, a dificuldade em conseguir insumos afetou a produção.

Na contra mão desse cenário, alguns sindicatos filiados à Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) promovem ações para garantir a sobrevivência das empresas associadas com estratégias para promover uma retomada responsável, segura e gradativa das atividades econômicas.

MÁSCARAS - O Sindicato das Indústrias de Malharia e de Confecções de Roupas em Geral do Estado do Maranhão (Sindivest), por meio da filiada Malharia Milagres, de São Luís, firmou um contrato emergencial com a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), para que a empresa maranhense confeccionasse dentro dos próximos 30 dias, 136 mil máscaras de algodão (lavável) e assim, colaborar com medidas de contenção de transmissão do novo coronavírus.

Para a presidente do Sindivest, Ana Rute Nunes Mendonça a iniciativa teve total apoio da FIEMA e foi fundamental para aquecer o setor que se encontrava parado. “Temos fornecedor, matéria prima, know-how e capacidade de oferecer um produto de qualidade e com preço competitivo, abaixo do praticado no mercado”, disse Ana Rute que já busca novos contratos com outros órgãos da iniciativa pública e privada.

De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) os impactos são significativos e não poderão ser suportados pela indústria por muito tempo. 92% das empresas consultadas são afetadas negativamente pela pandemia do coronavírus, sendo que para 40% o impacto negativo foi muito intenso. Apenas 3% das empresas estão sendo afetadas positivamente. Nove em cada dez empresas são afetadas negativamente pela pandemia do coronavírus.


Segundo o presidente da FIEMA, Edilson Baldez das Neves, a indústria não pode parar. “A FIEMA está empenhada em ajudar os sindicatos industriais a buscar, de alguma forma, ações e estratégias para driblar essa crise instalada pela covid-19. Nesse universo onde a máscara, por exemplo, virou objeto fundamental para garantir a saúde e esse aumento da procura gerou a escassez do produto, porque não a indústria local fornecer se temos material, qualidade e preço para isso!”, enfatizou Baldez que ressaltou ainda o engajamento da iniciativa privada para colaborar com esta luta que é de todos, de conter a covid-19, que tem um alto poder de transmissão.

FACE SHIELDS - Em um esforço para contribuir com a proteção da saúde da comunidade maranhense, o Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Maranhão (Sindigraf), intermediou o corte industrial do acetato por meio de três gráficas parceiras (7 Cores, Etcetera e  Omnizy 3D) para a confecção de 320 máscaras protetoras, do tipo Face Shields numa iniciativa conjunta da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), em parceria com o grupo "Makers contra a Covid - 19" e apoio de outras instituições como o SENAI.

“Temos condições técnicas de produzir protetores faciais numa escala industrial e atender o Maranhão e o Nordeste todo. Precisamos apenas da matéria prima”, ressaltou o presidente do Sindigraf, Roberto Moreira, que destacou ainda que o setor vem tomando todas as medidas de segurança em seus parques gráficos.

CONSTRUÇÃO CIVIL – Outro sindicato filiado à FIEMA que vem agindo frente a pandemia é o Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão). Para garantir aos seus associados todo o suporte necessário para o momento, tem orientado as empresas de construção civil a adotarem boas práticas nos canteiros de obra, como forma de prevenção a covid-19. Outras ações também foram realizadas para minimizar a crise no setor a exemplo de uma reunião virtual com a Caixa, intermediada pela Federação, por meio do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC). Na reunião foram discutidos assuntos como operações de créditos e parcerias que vão ajudar os empresários a passar por esse momento de diminuição do movimento econômico e evitar o desemprego. Além das linhas de créditos para manutenção da folha de pagamento das empresas, foram discutidos ainda a possibilidade de prorrogação de parcelas de operações vencidas e a vencer.

“Qualquer ação que leve à manutenção do trabalho é em benefício do trabalhador. Sabemos do seu valor e que nossa indústria só funciona se ele estiver preservado. Além disso, nossas empresas estão aprofundando suas ações de segurança e saúde do trabalhador nos canteiros para proteger sua mão de obra e contribuir no esforço pela prevenção e contenção do contágio pelo coronavírus. Estamos realizando essas ações para garantir a sobrevivência das empresas e principalmente a manutenção dos empregos!”, destacou o presidente do Sinduscon-MA, Fábio Nahuz.

O sindicato tem acompanhado as atividades do setor no estado e orientado seus associados, criando inclusive um canal de relacionamento para atender às demandas das empresas. Recentemente elaborou junto ao sindicato dos trabalhadores do setor (Sindconstrucivil-MA) um novo termo aditivo para a Convenção Coletiva de Trabalho 2020, com o objetivo de preservar as empresas e empregos, em meio à crise ocasionada pela pandemia da COVID-19.

Informação: Fiema 

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