segunda-feira, 13 de abril de 2020

São Luís possui inúmeras e agradáveis praças. No corre-corre e no calor do dia a dia, nada melhor do que descansar numa dessas praças recheadas de árvores e beleza. Conheça um pouco mais sobre algumas das principais praças da capital.

No início do séc. XX, as praças do Centro de São Luís eram verdadeiros pontos de beleza e elegância, retratos de uma sociedade próspera. Os mais antigos da capital contam que da Praça Deodoro até a Gonçalves Dias só moravam pessoas de alto poder aquisitivo.

Praças como a João Lisboa e a Benedito Leite ganharam destaque por reunirem grandes intelectuais da época. E, até a década de 80, a maioria das praças ainda guardava boa parte de suas características. Na Praça Antônio Lobo, por exemplo, era promovido um dos mais famosos arraiais juninos, do qual os moradores da redondeza dizem ter saudade.

As praças de São Luís tornaram-se mais atraentes na década de 60, quando nelas foram instalados os chamados tele-postos, que reuniam pessoas de todas as idades.

Conheça as Praças

Praça João Lisboa (Largo do Carmo )

Situada em frente ao Convento do Carmo. Nesta praça aconteceu um dos mais importantes fatos históricos maranhenses, a batalha entre holandeses e portugueses, em 1643. Este também foi o logradouro com grande movimentação social e eclético da cidade por muitos anos. Por ele passaram todos os movimentos políticos e sociais da cidade. E, ainda, foi nesse logradouro que funcionou a primeira feira da cidade e, também, onde esteve fixado por muitos anos o Pelourinho de São Luís. Seu nome atual é uma homenagem ao mestre do jornalismo, João Francisco Lisboa, considerado um dos mais corretos escritores de nossa língua.

Praça Gonçalves Dias

Considerada uma das mais charmosas da área central de São Luís. Nela está a Igreja Nossa Senhora dos Remédios com sua exuberante arquitetura e a estátua do poeta maior maranhense Gonçalves Dias. Também conhecido como Largo dos Amores ou Largo dos Remédios, o espaço é ponto de encontro para casais de namorados. A aura romântica é cultivada entre as palmeiras que ali foram plantadas em alusão ao poema “Canção do Exílio”, do ilustre poeta, Gonçalves Dias, que teve uma estátua em sua homenagem instalada no logradouro sete dias após sua morte. Desde 1955, a Praça Gonçalves Dias é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Parque do Bom Menino

Fica na Av. Alexandre de Moura, próximo da rua do Outeiro. Possui área cercada e protegida com amplas instalações de lazer e esportes. Foi construído em homenagem ao menino pobre que não podia frequentar as quadras esportivas dos clubes da cidade.

Praça Benedito Leite

Era conhecida, originalmente, como Largo João Velho do Val (ou do Vale) e em suas imediações funcionou, num prédio hoje reformado (Centro Caxeiral), o Recolhimento de Nossa Senhora da Anunciação e Remédios para moças donzelas, fundado pelo padre jesuíta Gabriel Malagrida. Seu nome atual foi dado após a construção de uma estátua de bronze em homenagem a Benedito Pereira Leite, estadista que levou o nome do Maranhão no Senado da República. Ao lado da Catedral Metropolitana, Igreja da Sé, e do Palácio do Comércio, este logradouro é passagem obrigatória de quem vem do centro comercial para a Av. Dom Pedro II, onde fica o Palácio dos Leões.

Praça Dom Pedro II

Situada no Centro Histórico de São Luís, abriga o Palácio dos Leões, a Catedral Metropolitana Capitania dos Portos e o Palácio Episcopal. Hoje é chamada de Avenida Pedro II, onde foi o velho largo do palácio. O nome primitivo deriva das circunstâncias de haver o Governador Joaquim de Melo e Póvoas construído na barreira da antiga fortificação francesa, o edifício-sede do Governo da Capitania, hoje Palácio dos Leões. Pela resolução nº 20 de Dezembro de 1904, da Câmara Municipal, mudou-se o primitivo nome para Avenida Maranhense, que posteriormente foi mudado para Praça Dom Pedro II.

Praça Deodoro

Fica localizada no centro da cidade, foi chamada antigamente de Largo do Quartel, por causa da existência do Quartel onde hoje é a Biblioteca Pública Benedito Leite. Em seguida foi denominada de Praça da Independência, de acordo com a lei municipal de 15 de agosto de 1868. Essa Praça passou por amplas reformas. Hoje, ela é conhecida como Praça Deodoro, homenagem da municipalidade a Marechal Deodoro da Fonseca, homem que se destacou à frente do movimento republicano, dando o golpe de misericórdia no regime monárquico. É local de grandes manifestações públicas.

Praça do Reviver

Fica na área da Praia Grande, em frente à atual Câmara Municipal e Casa das Tulhas, canto da Rua da Estela com a Rua da Alfândega. Essa praça antigamente era um terreno baldio que servia de estacionamento e depósito de lixo. Foi construída pelo Projeto Reviver, recebendo a denominação de Praça do Reviver. Recentemente foi reformada pelo Governo do Estado e homenageia o poeta Nauro Machado, recebendo o nome deste.

Praça do Comércio

Praça de muitas histórias. Segundo os pesquisadores, no ano de 1868, comerciantes da Praia Grande fizeram da praça um palco de grande confusão. Muitas pessoas foram presas sob suspeita de uso de cédulas falsas no comércio. Conhecida como Largo do Comércio, esta praça é portal de entrada do Centro Histórico de São Luis para quem chega por mar ou por terra. Também recebeu vários nomes como Fran Paxeco e Praia Grande.

Praça da Alegria

Apesar do nome, a Praça da Alegria tem uma história bem trágica. Durante o século XIX, a Praça da Alegria era chamada de Praça da Forca Velha. O motivo? Lá aconteciam os enforcamentos oficiais principalmente de negros. E, o enforcamento de escravos no local suscitou até uma lenda curiosa. Chegou-se até a suscitar que a Praça da Alegria foi batizada com esse nome porque, vistos de longe, os negros que eram enforcados pareciam estar pulando de alegria. Mas, na verdade, eles estavam morrendo enforcados.

Praça da Saudade

Localiza-se entre a Rua do Norte e a Rua do Passeio. Foi chamada por algum tempo de Praça do Gavião. Passando por algumas reformas pelo Prefeito Antonio Bayma, denominou-se Praça do Cemitério, por está situada em frente o cemitério do Gavião. De acordo com lei municipal nº 461 de 26 de Agosto de 1930, teve seu nome mudado para Praça da Saudade. Foi também chamada de Praça do Campo Santo.

Texto Originalmente publicado na Edição N° 77 setembro 2010 do Jornal Cazumbá

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