segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que a pandemia provocada pelo coronavírus irá acentuar as desigualdades sociais, por conta da incerteza de volta às aulas para milhões de crianças e jovens.

“É um desses passivos ocultos do coronavírus. Uma parte da classe média para cima com aula online. E, portanto, com condições de manter a aprendizagem em níveis razoáveis. E os filhos dos pobres, dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil?”, questionou.

A declaração do governador Flávio Dino foi feita durante o debate "Federalismo Cooperativo: o Fundeb e o SUS", promovido pelo que IDP (Instituto de Direito Público), no final de semana.

Segundo o governador, o Brasil assistirá uma geração perdida de jovens por conta da evasão escolar.  

“Estamos vendo a destruição de uma geração de jovens brasileiros, que não é a morte física, mas é a perda de horizontes concretos de esperanças e sonhos. Quem conhece a temática da educação sabe que isso vai se traduzir em abandono escolar gigantesco”, argumentou.  

Flávio Dino também responsabilizou o Ministério da Educação pela situação, que ignora o debate e evita discutir soluções para o caso.

"E quem está tratando disso no Brasil? Jesus Cristo, Deus e os gestores locais dos municípios e estados. Não há um debate organizado sobre isso. O MEC está silente há 19 meses, um recorde da vida republicana, digno do Guinness. Como um país sobrevive a 19 meses sem ministro da Educação?", indagou. 

ENEM

Com a data do ENEM mantida, Flávio Dino precisou editar um decreto de requisição administrativa para conseguir adquirir 90 mil chips com pacote de dados de internet. Os chips serão distribuídos para os alunos do Terceiro Ano do Ensino Médio, para garantir que todos tenham acesso aos conteúdos online. 

"Estamos fortalecendo ao máximo o ensino não presencial, com aulas via internet e rádios", disse, na expectativa de que a ação atenue os efeitos indiretos da pandemia. 

Fonte: Assessoria de Comunicação 

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