quinta-feira, 17 de setembro de 2020


Discutir a cidade a partir de uma política humanizada é a proposta da “Cidade de Afetos”. Uma série de diálogos com pessoas silenciadas por sua condição social, identidade de gênero, conflitos fundiários, violência policial, falta de mobilidade urbana e moradia, racismo institucional, entre outras lutas. Participam também do debate pesquisadores e profissionais atuantes nas mais diversas áreas e dos Direitos Humanos. A estréia acontece nesta quinta-feira (17/09) às 19h30min pelo canal do youtube (Rafael Silva Oficial São Luís), pelo link: https://www.youtube.com/channel/UCoukLKYq2Ivki9QTVLYgwlw

“Centro Histórico de São Luís: Reviver e Habitar” será debatida com a doutora em urbanismo pela UFRJ e ativista social, Helena Galiza, que viveu em São Luís até os 13 anos e mora no RJ. Denis do Desterro, diretor da Associação de Moradores do Centro Histórico, é o outro convidado. Dialogarão com Rafael Silva, advogado popular e militante em Direitos Humanos, idealizador do projeto. 

É preciso que sejam pensadas políticas públicas de valorização do centro histórico e toda a sua beleza arquitetônica e humana. Atualmente, a região é foco de tensões que impactam que vive, trabalha e visita a área. É preciso, principalmente, ter respeito e acolhimento em relação às histórias de vida, luta e resistência das pessoas que construíram o patrimônio histórico e cultural da cidade. 

Para o advogado Rafael Silva que tem uma relação afetuosa com as pessoas que ali residem e que realizou trabalho voluntário,  por meio da defesa de inúmeras causas originárias no centro histórico, é preciso discutir a cidade a partir de uma política de afetos. “Enquanto se diz por aí, que ter força é destruir o outro, aniquilar as diferenças, disseminar ódio; nós sabemos, na nossa vida pessoal - cada um de nós  sabe- que a melhor força que há é a força de quem estende as mãos a quem precisa e a força de quem também aceita as mãos estendidas, quando nós precisamos dela”. 

Questões como preservação do Centro Histórico e aproveitamento do potencial de moradia dessa área culturalmente rica em São Luís serão abordadas no bate papo. Para a urbanista Helena Galize, o centro é um local da diversidade e um lugar onde tudo acontece: “Como outros centros pelo mundo, o de São Luís sofreu com o tempo um esvaziamento, onde a gente tem uma situação desfavorável e sem sentido de áreas com imóveis não habitados, enquanto existe um número alto de pessoas sem moradia”.

Informações e foto: Assessoria

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