sábado, 5 de dezembro de 2020

Com apoio do Sebrae quatro artesãos estão expondo e comercializado seus produtos no evento, que acontece em Belo Horizonte – MG


As riquezas e diversidades de tipologias do artesanato das regiões de Cururupu, São Luís, Barreirinhas e Santa Inês estão em evidência na capital mineira até o próximo dia 06 de dezembro, durante a 31° Feira Nacional do Artesanato Rotas do Brasil, que acontece no Centro de Convenções Expominas, em Belo Horizonte, desde o último dia 01. Com o apoio do Sebrae Maranhão, quatro artesãos do estado estão participando da Feira.

A participação do grupo no evento faz parte da missão do Sebrae em incentivar o fortalecimento da cadeia produtiva do artesanato do estado, junto a grupos produtivos apoiados ao longo do tempo por ações da instituição nas regionais de São Luís, Lençóis Munim, Santa Inês  e Pinheiro. Os artesãos maranhenses que estão na 31° Feira Nacional do Artesanato trabalham com tipologias de fibras naturais, miniaturas, cestaria, bordado, tecelagem, entre outros


“Está presente a um evento desse porte, com as diferentes tipologias do artesanato maranhense, proporciona a perspectiva de geração de novos negócios, fortalecimento da cadeia produtiva e a integração nacional, além da vivência de boas práticas, o que é de extrema importância para os artesãos”, pontua o coordenador estadual de Turismo e Cultura do Sebrae MA, Luís Walter Muniz, que acompanha o grupo dos artesãos na Feira.

Deidson Lemos, da cidade de Cururupu é um dos artesãos maranhenses presentes na Feira. Ele representa o grupo artesanal Casa de Artesanato Floresta dos Guarás. O grupo foi criado em 2019 com o apoio do Sebrae e trabalha com peças de cestaria feitas com as fibras vegetais de guarimã e tucum, utilizadas em vasos, balaios, descansos de panelas, dentre outras peças. Mas o que Deidson levou de diferencial para a Feira e que é a sua especialidade enquanto artesão são as miniaturas dos personagens do Bumba Meu Boi, sotaques Boi de Pandeiro e Zabumba, característicos da região de Cururupu.


“Essa arte tem como referencial a obra do mestre artesão Antônio Bruno Pinto Nogueira, popularmente conhecido como Nhozinho, que tão bem retratou nossa cultura popular. Tenho muita honra de hoje ser alguém que trabalha com esse tipo de artesanato já tão valorizado até mesmo fora o Brasil”, conta o Deidson

Sobre a participação na Feira, o artesão considera uma oportunidade de extrema importância. “Trazer nosso artesanato para um evento como este é algo gratificante, pois podemos levar nossa cultura Tá sendo muita gratificante participar desse momento junto a outros artesãos do Brasil inteiro, comercializando nossos produtos e levando a nossa cultura para outros estados do país, para que o Maranhão seja visto. É uma oportunidade impar e que só tenho a agradecer o apoio do Sebrae”, afirma.


Já Lucivane Portugal, de Barreirinhas, levou para a Feira bolsas, porta moedas, caminho de mesa e chapéus, que tem como matéria prima a fibra do buriti e utilizando a técnica do crochê. A artesã também atendida pelo Sebrae, faz parte da Cooperativa dos Artesãos dos Lençóis Maranhenses – Artecoop, formada por mulheres de treze comunidades da região. Desde 2000 o Sebrae tem trabalhado com o grupo produtivo,  realizando capacitações, o que motivou a formação de grupos de artesãs. As artesãs começaram, então, a participar de feiras, chegando a ganhar incluisive o Prêmio Top 100 do Sebrae de Artesanato, em 2004.

“Desde quando começamos temos o apoio do Sebrae e participar desta Feira em Belo Horizonte tem sido mais uma oportunidade de aprender, trocar experiências e também divulgar nosso artesanato para o Brasil e para o mundo”, afirma a artesã.

De São Luís, a artesã Marlene Sá está representando o projeto cultural Esquina da Arte, que valoriza a arte em todas as suas vertentes. Para a Feira, a artesão levou bijuterias, ilustrações em cadernos e adesivos, azulejos, louças e fuxicos, que tem como matéria prima tecidos, sementes, papel e cerâmica. “Ser convidada pelo Sebrae para representar artesãos de nosso estado é uma satisfação muito grande, pois aqui podemos interagir com tantos outros profissionais e também fazer com que nosso artesanato seja conhecido”, comenta Marlene.


Sandro José, de Santa Inês é professor e artesão, trabalhando com artesanato desde o ano de 1990, quando começou a fazer peças com sementes,  produzindo cordões, brincos e pulseiras. Em seguida se especializou em outras tipologias, tais como o biscut, reciclagem de papel, pirografia, modelagem com coco babaçu e tucum,  e outros trabalhos.  “Hoje meus trabalhos são mais voltados para peças com madeira como quadros, chaveiros, cofres, porta canetas e porta chaves”, relata.

Sobre a participação na Feira, Sandro enfatiza a importância da experiência. “Estou aqui representando a Associação dos Artesãos do Vale do Pindaré, divulgando nosso trabalho trocando experiências e realizando rodada de negócios e isso é muito importante para nosso trabalho e isso tudo com o apoio do Sebrae que tem nos dado a oportunidade de experimentar esse tipo de vivência”, considera.

A FEIRA e o CRAB

A feira é promovida pelo Sebrae Nacional e o Instituto Centro de Capacitação e Apoio ao Empreendedor - Centro CAPE - que é uma organização sem fins lucrativos que visa dar suporte ao micro e pequeno empreendedor. A realização do evento faz parte das ações do Sebrae em prol do fortalecimento do setor, sendo ainda uma das estratégias de fortalecimento mercadológico do Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro – CRAB, localizado na Praça Tiradentes, no estado do Rio de Janeiro, que é uma plataforma de mercado voltada para o reposicionamento e qualificação do artesanato brasileiro, com ações diversas de relacionamento com o público, inclusive de forma digital, por meio do CRAB Web, que conecta artesãos de todas as regiões do Brasil, ampliando o contato com canais de comercialização do artesanato.

Informações e fotos: Ascom do Sebrae no Maranhão



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