O novo relatório divulgado pela Organização Mundial do Turismo da ONU (OMT), nesta segunda-feira (8), revelou que cerca de um terço dos 217 destinos de viagens mundiais pesquisados permanecem completamente fechados para turistas internacionais à medida que crescem as preocupações sobre o impacto das novas variantes do coronavírus, e que alguns governos revertem os esforços para aliviar as restrições.

Entre os destinos agora fora dos limites, mais da metade deles estão inacessíveis para viajantes estrangeiros desde 27 de abril do ano passado. Além disso, a maioria dos atrativos turísticos afetados estão na Ásia, no Pacífico e na Europa, de acordo com o Relatório de Restrições de Viagem da OMT.

Por outro lado, mais de um terço dos destinos turísticos globais estão agora parcialmente abertos a visitantes internacionais, com Albânia, Costa Rica, República Dominicana, Macedônia do Norte e Tanzânia, retirando todas as restrições de viagem relacionadas à COVID-19.

'Seguro e responsável'

Observando que as restrições de viagem têm sido amplamente utilizadas para restringir a disseminação do vírus, o secretário-geral da OMT, Zurab Pololikashvili, disse que "à medida que trabalhamos para reiniciar o turismo, devemos reconhecer que as restrições são apenas uma parte da solução".

Ele ainda ressaltou que as restrições de viagem devem ser baseadas nos dados e análises mais recentes, e consistentemente revisadas "de modo a permitir a retomada segura e responsável de um setor do qual muitos milhões de empresas e empregos dependem".

Testagem e quarentena

O relatório mostrou uma crescente tendência nos destinos internacionais, "adotando uma abordagem mais sutil, baseada em evidências e possíveis riscos" às restrições de viagem relacionadas ao coronavírus, disse a OMT em comunicado à imprensa sobre o relatório.

Mais países estão exigindo que os turistas apresentem um teste de antígeno da COVID-19 ou o Polymerase Chain Reaction (PCR) para entrada, além de fornecer detalhes de contato para fins de rastreamento.

Pouco mais de 30% de todos os destinos mundiais fizeram da apresentação de resultados negativos de testes seu principal requisito de entrada, 30% como medidas secundárias e 30% como medidas terciárias.

Até agora, 70 destinos mundiais adotaram essa abordagem com requisitos adicionais de quarentena. Cerca de um terço desses destinos são os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (PEID), nas Américas.

Permanecendo cautelosos

De acordo com a OMT, muitos governos aconselharam seus cidadãos a evitarem viagens não essenciais ao exterior, incluindo os governos dos dez principais destinos que adotaram essa política, que receberam 44% de todos os turistas internacionais em todo o mundo, de acordo com dados de março de 2018.

A forma como revisam as políticas para contenção do vírus durante a pandemia desempenhará um papel essencial na retomada e restauração dos fluxos turísticos globais nos próximos meses, apontou o relatório.

Informação: Nações Unidas