segunda-feira, 9 de agosto de 2021

A extração do coco babaçu é uma atividade pautada, antes de tudo, na tradição e na força de mulheres que se autointitulam ‘filhas da palmeira’, uma mãe que estende seus frutos por boa parte do estado e garante o sustento de muitas famílias rurais há gerações. O Governo do Estado, por meio do Sistema da Agricultura Familiar, vem investindo recursos em projetos que fortalecem a cadeia agroextrativista do babaçu no Maranhão, considerado hoje modelo nacional.

Na última semana, entre os dias 3 e 7 de agosto, a Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF) recebeu comitiva do Estado do Amazonas com cerca de 30 integrantes, para visita técnica aos municípios de Lago do Junco e Pedreiras, com intuito de buscar referências para o manejo sustentável do babaçu e viabilizar sua implantação no estado da região Norte.

A visita reuniu representantes da Assembleia Legislativa do Amazonas e dos municípios amazonenses de Barreirinha e Boa Vista do Ramos, potenciais para o extrativismo do babaçu. Durante o intercâmbio, a equipe esteve em Lago do Junco do Maranhão, com objetivo de conhecer a Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (COPPALJ) e a fábrica de sabão da Associação de Mulheres Trabalhadoras de Junco.

A COPPALJ tem experiência no beneficiamento do coco babaçu e foi contemplada em 2019 pelo Governo do Maranhão, por meio das ações da cadeia agroextrativista do babaçu, coordenada pela SAF, com investimento de R$ 570 mil para compra de equipamentos e construção de um sistema de refino do óleo babaçu, que hoje possui capacidade para produzir 5 toneladas por dia. O produto orgânico, fonte de emprego e renda para centenas de famílias associadas, pode ser utilizado pela indústria alimentícia e cosmética.

De acordo com o deputado estadual do Amazonas, Sinésio Campos, a vinda para o Maranhão serviu como importante troca de vivências. “É bastante gratificante perceber que o Maranhão superou as adversidades que envolvem a exploração do babaçu e atualmente está em um nível altíssimo de produção. Foi um aprendizado revigorante, onde pudemos entender que precisamos investir na valorização do extrativismo, das quebradeiras de coco e em tecnologia, vamos sair daqui com a certeza que o estado virou vitrine e é um modelo a ser seguido”, frisou o deputado.

Barreirinha, uma das cidades com maior potencial para explorar a cadeia produtiva sustentável do babaçu no Amazonas, foi representada pelo prefeito Glênio José Seixas. Este destacou que o Maranhão foi escolhido por conta do modelo de sucesso com organizações sociais e apoio governamental. “Esse intercâmbio entre os dois estados será importante para que possamos criar novas maneiras de incrementar e subsidiar essa cadeia produtiva, gerar economia e fortalecer o setor com potencial significativo na nossa região”, disse o prefeito.

Após viagem pelo interior do Maranhão, a comitiva veio até São Luís para conhecer também sobre a execução das políticas públicas de apoio à cadeia do babaçu, desenvolvidas pela SAF. A secretária de Biodiversidade, Povos e Comunidades Tradicionais da SAF, Luciene Dias Figueiredo, ciceroneou a equipe visitante, assim como realizou apresentação das ações e investimentos nos projetos sustentáveis do coco babaçu.

“Espero que o Estado do Amazonas e, principalmente, os municípios de Barreirinha e Boa Vista do Ramos desenvolvam essa cadeia produtiva, valorizando as pessoas, comunidades e busquem formas de aproveitar o coco babaçu e seus derivados, para garantir renda às famílias e, assim, contribuir com o desenvolvimento sustentável local”, declarou Luciene. 

A recepção na SAF contou também com o apoio do adjunto, Mávio Rocha, do assessor Samuel Barroso e da superintendente Geusa Dourado.

Durante a visita a São Luís, a comitiva amazonense foi recebida pelo governador Flávio Dino, no Palácio dos Leões. O governador agradeceu a visita e destacou a oportunidade de dialogar sobre “os compromissos que a Amazônia tem com o povo brasileiro, com a segurança climática do mundo e acima de tudo a preocupação com a sustentabilidade ambiental e social”, pontuou.

Informação: MA.gov 

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