domingo, 8 de agosto de 2021

Viagens de turismo dentro do Brasil devem bombar no fim de ano, mas as internacionais e de negócios vão ser bem fracas. A expectativa de executivos de viagens para o fim deste ano é de um volume no mesmo nível do registrado antes da pandemia para destinos nacionais.

Operadoras e agentes de viagens apontam crescimento de 20% nos embarques em julho deste ano em relação a junho. Eles dizem que esse desempenho é termômetro para a procura esperada para o verão. A venda de passagens e diárias de hotel para empresas -o turismo corporativo- e para destinos internacionais está ainda em apenas 10% do que era realizado antes da pandemia.

Viagens nacionais em alta com vacinação 

As vendas de pacotes, passagens e diárias para destinos dentro do Brasil, o turismo doméstico, vêm crescendo desde maio, após o tombo sofrido entre fevereiro e abril. Segundo o presidente executivo da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Roberto Nedelciu, as vendas estão crescendo 20% ao mês desde maio.

"Julho está sendo bem melhor que junho, que foi melhor que maio. As pessoas vacinadas se sentem mais à vontade para planejar e comprar viagens. A gente tinha visto isso com pessoas com mais de 60 anos, depois com aquelas com mais de 50 anos e hoje já vemos mais pesquisas sendo feitas por pessoas com 30 anos.

Atualmente, diz Nedelciu, apenas 15% das operadoras estão vendendo de 76% a 100% do que comercializaram em 2019. Em 2020, o faturamento dos associados da Braztoa foi de R$ 4 bilhões, pouco mais de um quarto dos R$ 15 bilhões de 2019.

Férias de fim de ano com mais procura 

Também segundo a presidente da Abav nacional (Associação Brasileira de Agentes de Viagens), Magda Nassar, muitas pessoas deixaram de viajar por causa da pandemia, o que criou uma demanda reprimida. 

Com mais pessoas vacinadas, cresce agora a procura por passagens, diárias e pacotes para este segundo semestre, com destaque absoluto para os destinos nacionais.

Rotas aéreas chegam a 90% no fim do ano, diz Abear 

Dados das companhias aéreas comprovam o que dizem as agências. A quantidade de passageiros transportados no primeiro semestre deste ano ainda ficou 37,2% abaixo do nível de 2019. Mas já é maior que no mesmo período de 2020.

Passageiros domésticos

1º semestre 2021: 24,1 milhões 

1º semestre 2020: 23,7 milhões 

1º semestre 2019: 38,4 milhões.

"A segunda onda da covid provocou uma forte queda neste ano, e ela começou a ser superada em maio. Desde então, o setor vem crescendo mês a mês. Essa tendência deve seguir até o fim do ano e em 2022. Fechamos julho com cerca de 70% da malha aérea de 2019. Para o fim do ano, teremos de 85% a 90% da malha e, no primeiro trimestre de 2022, voltamos ao patamar pré-pandemia.

Segundo Sanovicz, o ritmo da vacinação e a intenção de compra de viagens por parte dos brasileiros são os fatores que vão permitir essa volta à normalidade na aviação, desde que não surjam problemas na imunização ou nos protocolos de saúde.

Descontos devem diminuir Operadores de turismo dizem que as taxas de ocupação nos aviões e nos hotéis ainda exigem que as agências de viagens pratiquem hoje descontos e promoções para manter as vendas. Mas essas oportunidades devem diminuir ao longo dos próximos meses, apontam.

"A lei da oferta e procura é absoluta. À medida que hotéis e voos forem sendo ocupados, os preços devem subir.

Informação Completa: UOL 

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