quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está promovendo diálogo com governos e sociedade civil sobre formas de retorno seguro às aulas na rede pública de ensino, considerando o cenário atual da pandemia de COVID-19. Por esse motivo, o UNICEF participou, na última sexta-feira (13), de uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de São Luís a convite do Coletivo Nós, grupo de jovens vereadores.

Como resultado da audiência foram solicitadas medidas e respostas concretas à prefeitura da capital, a ser entregues em até 30 dias para a casa legislativa. As solicitações incluem ainda que a prefeitura leve em consideração aspectos da saúde mental dos estudantes; inclusão digital e dispositivos tecnológicos em atividades remotas; evasão escolar; além de a valorização dos profissionais da educação.

“Cada criança, cada adolescente tem o direito de aprender. O UNICEF está ao lado desses meninos e meninas, articulando com as instâncias de poder na garantia desse acesso”, enfatizou o consultor de Educação e Proteção da Criança e do Adolescente do UNICEF Angelo Damas.

"O longo período de fechamento de escolas traz como consequência problemas na saúde mental, no desenvolvimento e na aprendizagem. Por essa razão, reabrir as escolas de modo seguro é fundamental. O UNICEF compreende que o último lugar a se fechar em uma pandemia são as escolas e essas devem ser as primeiras a reabrir", completou Damas.

Demandas como essas têm sido elaboradas por meninas afrodescendentes de bairros vulneráveis de São Luís que enfrentam a pandemia nas comunidades. Por meio do Projeto Menina Cidadã, parceria entre o UNICEF, a Fundação Justiça e Paz se Abraçarão (FJPA) e o Centro de Defesa Pe. Marcos Passerini (CDMP), 20 meninas afrodescendentes ganharam protagonismo nos bairros, liderando ações que mapearam as dificuldades presentes na educação em um período de pandemia e que serão entregues aos tomadores decisões. Além disso, o projeto articula com parceiros para fortalecer o protagonismo de meninas dentro das comunidades para que juntas consigam mobilizar outros agentes na transformação de realidades desses bairros, além de assegurar condições para que realizem atividades de prevenção à COVID-19.

Bianka Melo, mobilizadora do projeto, ao destacar a importância da participação das meninas, afirmou que “a educação é sinônimo de transformação de nossa realidade. Sabemos que as dificuldades não emergiram na pandemia, mas entendemos que precisamos trabalhar apesar dela. Eu estou tendo a oportunidade de estar no projeto Menina Cidadã e caminhar com meninas da macrorregião da Cidade Operária e percebo o quanto é precário o acesso à educação para elas. Temos que enfrentar essas dificuldades em um cenário ainda mais desafiador e retornar o quanto antes”.

Informação: Nações Unidas 

0 comentários:

Postar um comentário