domingo, 24 de outubro de 2021

Um trabalho conjunto entre pesquisadores da UFMA foi divulgado na revista internacional Ethnobiology Letters, no dia 8 de outubro. Com o título “A Flora dos Azulejos no Maranhão”, a pesquisa foi produzida pelos docentes Lucas Cardoso Marinho, do Departamento de Biologia (DBIO) e Fabiane Rodrigues Fernandes e Livia Flavia de Albuquerque Campos, ambas do Departamento de Desenho e Tecnologia (DDET), além de mais três alunos do curso de Biologia: Alícia Ewerton, Amanda Garcia e Leandro Menezes.

O professor Lucas Marinho contou que o objetivo do trabalho foi identificar os azulejos que tenham algum tipo de elemento semelhante a uma planta, ramo, flores ou folhas e, a partir daí, identificar a espécie. “Obviamente que há dificuldade porque muitos desses elementos são estilizados, mas algumas foram possíveis identificar a espécie ou pelo menos a família. Concluímos que todas as plantas ilustradas nos azulejos são de origens europeias, dos países de origem deles, embora algumas, como as roseiras, parreiras e tulipas, sejam cultivadas aqui no Brasil”, explanou.

A pesquisa começou a ser pensado em 2019 e desenvolvido a partir de 2020, mas por conta da pandemia, foi produzida de forma mais lenta. “Os alunos fizeram um levantamento sobre os azulejos, depois identificamos os desenhos e por último escrevemos. Para essa identificação das ilustrações, utilizamos o método de associação aproximada. Reconhecemos os elementos fitomórficos, identificamos a forma e associamos as famílias botânicas. A família mais representada é das asteráceas, da qual fazem parte girassóis, margaridas e cravos”, detalhou o docente.

Marinho acrescentou que o trabalho tem importância multidisciplinar para profissionais tanto do Brasil quanto de outros lugares do mundo: “É importante tanto do ponto de vista do design, arquitetura e história quanto do ponto de vista biológico, da botânica. Além disso, em nossa conclusão, tem uma importância para a sociedade em geral, porque embora essas plantas não sejam nativas e de certa forma não representem nada afetivo, o próprio azulejo em si, independente da planta grafada nele, se tornou algo típico e pertencente à população maranhense”.

Informação: UFMA 

0 comentários:

Postar um comentário