quinta-feira, 3 de março de 2022

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (2) uma resolução condenando a ofensiva militar da Rússia à Ucrânia. O resultado foi lido pelo presidente da Assembleia, Abdulla Shahid. O encontro contou com a participação do secretário-geral da ONU, António Guterres.

O texto recebeu 141 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções. Dos países lusófonos, Angola e Moçambique se abstiveram. Guiné-Bissau se ausentou e os demais países votaram a favor da resolução, incluindo o Brasil.

A sessão especial de emergência na Assembleia Geral foi solicitada após a Rússia vetar, no Conselho de Segurança, uma resolução condenando a ofensiva.

A Assembleia Geral citou a resolução 2623 de 27 de fevereiro do Conselho, que pedia a sessão de emergência “Unindo pela Paz”. Esse mecanismo é acionado quando o Conselho de Segurança não alcança unanimidade sobre um tema crucial para a paz e a segurança internacionais.

O texto da resolução endossou a declaração do secretário-geral de que um ataque dessa natureza repudia os princípios da Carta da ONU e lembra aos Estados-membros sobre sua obrigação com o Artigo 2 do documento, de se absterem de ameaças ou uso da força contra a integridade territorial e a independência política de qualquer nação, resolvendo as diferenças por meios pacíficos.

A resolução condena a declaração da Rússia sobre uma “operação militar especial” na Ucrânia, feita no último 24 de fevereiro, e expressa preocupação com ataques a alvos civis como residências, escolas e hospitais, ferindo e matando mulheres, crianças, pessoas com deficiências e idosos. Segundo a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), mais de 875 mil ucranianos já cruzaram as fronteiras com países vizinhos para fugir dos ataques russos.

Os países-membros da ONU ressaltaram que as operações militares da Rússia dentro do território ucraniano estão numa escala que a comunidade internacional não via na Europa há décadas.

A resolução diz que é preciso uma ação urgente para salvar esta geração do flagelo de uma guerra, condena a decisão russa de aumentar suas forças nucleares e expressa grave preocupação com a deterioração da situação humanitária ao redor da Ucrânia, com o aumento do número de deslocados internos e com o aumento da insegurança alimentar no mundo, uma vez que a Ucrânia é considerada um dos maiores exportadores de grãos e produtos agrícolas do planeta.

Informação: Nações Unidas

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