terça-feira, 29 de março de 2022

Após anos distantes das salas de aulas, alunos maranhenses contam como obtiveram sucesso por meio do programa SESI Educação de Jovens e Adultos EaD 

IMPERATRIZ – Há 15 anos fora da sala de aula, William dos Santos (31), viu na Educação de Jovens e Adultos (EJA) a oportunidade de voltar para sala de aula. De lá para cá, o jovem contabiliza diversas vitórias. Saiu do status de desempregado para aprendiz no curso de soldador da indústria Viena Siderúrgica, em Açailândia, e também influenciou a sua esposa, Iara de Araújo, a retornar e concluir os estudos.  

“Agradeço demais por essa oportunidade de concluir os estudos de forma acelerada e dentro das minhas possibilidades. Após o diploma de conclusão de ensino médio, as portas voltaram a se abrir e passei a influenciar a minha companheira, que hoje também conta com seu diploma e conseguiu recolocação no mercado de trabalho”, conta entusiasmado William.  

A educação está diretamente ligada ao desenvolvimento de um estado e país. E a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), realizada mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que em épocas de retração da economia, as pessoas mais afetadas pelo desemprego são aquelas que possuem formação intermediária, enquanto as pessoas com, pelo menos, ensino superior completo no currículo, sofrem menos esses impactos.  

Estudar para ser alguém na vida. O velho bordão sempre foi ouvido repetidas vezes pelos pais e avós de Sandro Bastos. Mas só depois de algum tempo, veio fazer sentido para ele que, quando jovem, aos 15 anos, abandonou a sala de aula. Após ter retornado e concluído, foi além, e conseguiu se formar em publicidade e propaganda, cursar pós-graduação em restauro e conservação de arte sacra e, atualmente, aos 37 anos, assume a cadeira de secretário municipal de Cultura, Esporte, Turismo e Juventude de Caxias.  

“Eu sempre fui um adolescente displicente e que reprovou por diversas vezes. E ter a oportunidade de passar pela educação do SESI foi, de fato, um momento crucial em minha vida. A didática e pedagogia empregadas é sem dúvida um grande diferencial que me fez ir em busca de mais oportunidades e qualificação”, comemora Sandro.   

Willian, Iara e Sandro tiveram suas vidas transformadas pela EJA ofertada pelo Serviço Social da Indústria (SESI) que, além de ser voltada, prioritariamente, para trabalhadores da indústria e seus dependentes, está disponível para a comunidade em geral.   

Atualmente, a modalidade Nova EJA/SESI se torna um grande atrativo pela possibilidade de o aluno cursar até 80% do curso a distância e reduzir a carga horária com base em conhecimentos prévios – prática chamada de Reconhecimento de Saberes.  

De 2009 a 2021, cerca de 12.491 passaram pelo programa e receberam seus certificados. No Maranhão, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) do SESI é ofertada nos municípios de Açailândia e Caxias. Para 2022, as inscrições estão abertas para as turmas que estão sendo preenchidas para iniciar no mês de abril. Uma outra turma está prevista para agosto.  

“Nós entendemos que os problemas relacionados à educação não terminam na sala de aula, mas se manifestam no desenvolvimento de nosso Estado. Por isso, trazemos esse estímulo para que esses jovens e adultos não só concluam o ensino médio e tenham oportunidades melhores, mas para que sejam incentivados a ir além, a buscar por outras qualificações, inclusive a superior, considerando que a demanda da indústria moderna é por profissionais comprometidos, com competências diversas e transversais, tanto no âmbito profissional como pessoal”, destaca o superintendente regional do SESI, Diogo Lima.  

COMO SE INSCREVER – As inscrições para as turmas da Nova EJA no Maranhão são realizadas de forma presencial, nas unidades do SESI/MA em Açailândia e Caxias. Os interessados devem se dirigir ao local com seus documentos pessoais, histórico de conclusão do Ensino Fundamental e declaração de baixa renda.  

Se o candidato à vaga for trabalhador da indústria ou dependente, deverá apresentar, além dos documentos pessoais, comprovante de renda dos últimos três meses, com CNPJ da empresa para comprovação de vínculo com a indústria e número do PIS.  

Para a pedagoga Cleide Moraes, que atua há mais de 20 anos com a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a iniciativa é oportunidade de superação e aumento da qualidade de vida. “Pensar em um modelo flexível de educação é importante, sobretudo, para quem, por algum motivo, teve que parar ou desistir dos estudos. E os novos modelos de educação buscam preparar pessoas para a empregabilidade, para o mundo do trabalho, garantindo a elas galgar melhores oportunidades no mercado e uma mudança de vida para melhor”.  

Informação: Fiema

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