sexta-feira, 1 de abril de 2022

Reunião foi realizada na Casa da Indústria  

SÃO LUÍS – Não é de hoje a fama do abacaxi de Turiaçu. Em São Luís é comum ver carros em esquinas e feiras da cidade na comercialização do produto, que tem como diferencial o sabor doce, alinhado ao tamanho e cor diferenciados. 

Com o objetivo de verticalizar a cadeira produtiva do abacaxi e gerar outros produtos da fruta, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-MA), entidade do Sistema FIEMA, representado pelo diretor regional do SENAI, Raimundo Arruda e pelo vice-presidente executivo da FIEMA, Celso Gonçalo, iniciou a semana apresentando um projeto sustentável do abacaxi para o prefeito de Turiaçu, Edésio Cavalcanti, que esteve na Casa da Indústria, acompanhado de assessores.  

De acordo com o diretor do SENAI, Raimundo Arruda, o objetivo do projeto é trabalhar de forma sustentável o processamento da cadeia produtiva do abacaxi. “O SENAI é procurado por muitas prefeituras que buscam cursos de qualificação técnica. Estamos indo além dos cursos técnicos e realizando projetos focados nos potenciais dos municípios que já tem algum produto ou cadeia produtiva específica em desenvolvimento. E esse é o caso de Turiaçu. Para desenvolver esse projeto estamos buscando a expertise e a parceria de entidades do Sistema S como o Senar, o Sebrae, além da Embrapa e do IFMA. Todas essas entidades, juntas, serão o diferencial desse projeto”, destacou o diretor.  

Dentre as metas do projeto estão cadastrar e habilitar produtores com o Certificado de Produção Orgânica até o ano de 2025, além de dotar os produtores com máquinas de beneficiamento do abacaxi do porte familiar e instalar, até 2023, unidades de armazenagem a frio e de produção de polpa no município.  

“Eu vejo esse projeto de parceria com uma esperança muito grande de aproveitar esse produto de uma maneira mais lucrativa, onde possa levar mais renda às famílias de Turiaçu, porque só vender o abacaxi acho que não e tão importante quanto você aproveitar esse produto com apoio do SENAI para fazer tanta coisa que podemos oferecer ao mercado ao nível de Estado, de Brasil e até exportar”, ressaltou o prefeito de Turiaçu, Edésio Cavalcanti. 

A abacaxicultura possui grande importância no estado do Maranhão, sendo a principal fonte de renda de muitas famílias. Apesar do Maranhão apresentar boas características edafoclimáticas para a abacaxicultura, a produtividade média do Estado ainda é baixa (19.430 frutos/ha) quando comparada com a média nacional (26.142 frutos/ha) e mais baixa ainda quando se compara com o Ceará, que alcançou as maiores produtividades em 2010 (41.339 frutos/ha).  

O abacaxi produzido no município de Turiaçu tem grande destaque no mercado consumidor do Estado, principalmente pelo seu sabor diferenciado e sem acidez, sendo que o preço pago aos produtores do município é, em média, 70% maior do que o valor pago aos produtores de outras regiões do estado do Maranhão. 

Cultivado exclusivamente em comunidade rurais do pequeno município de Turiaçu, a 460 quilômetros de São Luís, o fruto transformou o local em segundo maior polo produtor de abacaxi do Estado, com uma área plantada de 150 hectares. O modo de plantio do abacaxi, no entanto, ainda é rudimentar, com baixo emprego de tecnologia. Trata-se do chamado sistema “tacuruba”, caracterizado pelo cultivo itinerante e pelo “plantio direto na pedra” – nome dado em alusão ao solo bastante pedregoso de algumas áreas da região. 

O plantio de abacaxi ‘Turiaçu’ realizado no município de Turiaçu, Maranhão, localizado na microrregião do Gurupi (Amazônia Maranhense), é basicamente familiar, em sistema itinerante de corte e queima ainda passando por inovações no processo produtivo.  

“O Maranhão é um estado agrícola com forte presença de agricultura familiar, onde é produzido o abacaxi de Turiaçu. A nossa expectativa é fazer com que a fruta, que tem real condição de ser desenvolvida com qualidade, venha agregar valores com a criação de oportunidades no mercado e a geração de emprego e renda”, comentou o vice-presidente executivo da FIEMA, Celso Gonçalo.

Informação: Fiema  

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