domingo, 28 de maio de 2023
Pedido especial

Você tem medo de expressar seus sentimentos? quando souber que é amor, faça como a protagonista da nossa história: demonstre hoje.

Canção do amor que chegou


Eu não sei, não sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tão triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, põe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim

Vinicius de Moraes, que já apareceu tantas vezes por aqui, sempre surpreende na capacidade de falar de amor. Inclusive, na maior parte das vezes, ele escolhe aquele amor ardente — que até rasga o peito.

• Em “Canção do amor que chegou”, porém, o poeta usa versos simples para falar de uma alegria de viver.

Logo ele, que coloca a melancolia como tema central de suas obras, e já cantou que “uma mulher tem que ter qualquer coisa de triste” “que a tristeza não tem fim, mas a felicidade sim”.

De qualquer forma, Vinicius começa o poema descrevendo uma alegria repentina, que entra sem pedir licença. É como se, com a chegada do amor, tudo ficasse mais bonito.

Mas, como ele nem sabe explicar como surgiu essa palpitação, seguimos o pensamento de Clarice Lispector: “não façamos esforços inúteis, pois o amor nasce ou não espontaneamente, mas nunca por força de imposição”.

• Ainda que a melancolia tenha seu charme — e produza bons poemas —, a gente sabe que o clichê é real: o bom da vida é ser feliz.

Em vez de insistir naquilo que não traz aconchego, experimente enxergar beleza nas coisas que já estão ao seu redor. No final das contas, só um olhar generoso tem a capacidade de amar.

Leia até o final
(BASEADO EM UMA HISTÓRIA REAL)


Caren nunca foi romântica, mas ama ler os nossos e-mails de domingo. Ela também não é boa para falar sobre sentimentos, mas diz que é muito fácil falar sobre o Pedro.

• Os dois se conheceram na universidade, em 2016. Ele estava cursando engenharia, e ela, administração.

Se esbarraram por acaso — ou obra do destino — em um projeto das empresas juniores da faculdade. A Caren era novata no meio, enquanto o Pedro era o presidente da associação.

Ela estava tão nervosa que nem se lembra de ter olhado em volta. Já ele, afirma com convicção que a atração foi de primeira: “ainda vou ficar com essa menina”.

Depois de algumas reuniões, a Caren viu que o Pedro conversava sobre tudo. Tiveram muitos papos sobre tecnologia, política e algumas futilidades, até que ela também pensou: “quero ficar com ele”.

O primeiro beijo aconteceu no dia 11/12/2016. Nenhum dos dois lembra de detalhes, mas os amigos que os encontraram — bêbados e vomitados em um quarto de hotel — contaram o resto da história.

• A partir daí, começaram a conversar todos os dias, mas sem compromisso — “estamos apenas ficando e não é nada sério”.

Com algumas semanas, entenderam que não queriam mais ninguém e mudaram o status para “estamos ficando, ainda não é nada sério, mas eu fico só com você e você só comigo".

Após algumas saídas e muitas risadas, o Pedro disse que a amava. A Caren respondeu com um “muito obrigada”. Sim, ela sabe que foi péssimo, mas nunca foi boa para expor sentimentos.

Após longos meses do primeiro beijo, eles oficializaram o namoro. No dia 22/07/2017, o Pedro fez o pedido declamando algum poema do Bukowski — que ela não se lembra mais, mas sabe que falava de amor.

• Apesar das diferenças na personalidade — e dos gostos opostos —, eles amam explorar o mundo um do outro.

O Pedro é extrovertido, comunicativo e ambicioso. Ama rock e música internacional. A Caren é tímida, pagodeira e atrapalhada. Fã de Jeito Moleque, ela nunca tinha nem ouvido falar em Pink Floyd.

Juntos, eles viajaram, mataram aula e conheceram várias sorveterias da cidade. Além de conciliarem as diferenças, fizeram algo ainda mais gostoso: criaram um mundo que era só dos dois.

Em um desequilíbrio da vida, depois de 4 anos de namoro, eles terminaram. Choraram muito de saudade, mas não durou nem uma semana. Alguns dias depois, a Caren ligou pedindo pra voltar.

• Depois disso, planejaram uma viagem de reconciliação e fizeram uma promessa: nunca mais ficariam separados.

Hoje, morando juntos, eles já superaram todas as mágoas do passado. A Caren também já superou o tênis deixado na sala, o fone de ouvido fora de lugar e as garrafas de água espalhadas pela casa.

Dividir a vida com outra pessoa não é fácil, mas vale a pena. Nas palavras dela, quando os dois estão juntos, tudo fica pequeno.

As primeiras conversas aconteceram de forma espontânea, assim como o primeiro beijo. Ajustando tudo no tempo deles, morar junto foi algo tão natural quanto mandar uma mensagem de “bom dia”.

• Eles adoram sair, mas amam ficar em casa “só os dois”. A Caren diz que o Pedro é seu melhor amigo, seu parceiro de vida e sua aventura favorita.

Ele apoia todas as suas escolhas, dá colo quando precisa e deixa a barriga dela doendo de tanto rir. Desde que estejam juntos, ela sabe que sempre terá um lar — independente do lugar.

Agora, para escrever mais um capítulo dessa história linda e louca, a Caren tem uma pergunta para o Pedro: “você aceita se casar comigo?”

Texto e Imagens: The stories / Reprodução

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