Politicamente, a maior dificuldade para o governo foi a sua relação com o Congresso — um fator crucial para o Executivo aprovar suas propostas.

No total, o governo acumula 6 derrotas significativas. Isso sem falar na demora na aprovação de outras medidas provisórias, que por pouco não passaram do prazo de aprovação.

Mais relevante que o número em si é a sinalização da falta de articulação política. O governo ainda não mostrou ter uma base sólida de parlamentares, principalmente na Câmara, onde o presidente Arthur Lira tem tido um grande poder de barganha.

Vale lembrar que as últimas eleições foram as que tiveram o maior número de nomes de direita no Parlamento desde a redemocratização, o que também impacta nessa dificuldade.

Os primeiros contatos diplomáticos do Lula foram na sua posse, quando ele recebeu um total de 21 chefes de Estado e de governo, que foram à Brasília no dia 01/01.

• Um pouco antes, em fevereiro, Lula já tinha ido aos EUA, visitar o presidente Joe Biden na Casa Branca. 

Entre idas e vindas, o presidente que Lula mais esteve junto foi o argentino Alberto Fernández. Para ter uma ideia, Lula teve mais reuniões com ele do que com 25 de seus ministros.

Sempre reforçando o alinhamento político dos dois, os principais temas abordados foram pautas do Mercosul e acordos entre Brasil e Argentina, incluindo o financiamento de um gasoduto argentino pelo BNDES.

Além disso, Lula ainda foi à Europa mais de uma vez, com idas a Portugal e à Itália, incluindo uma visita recente ao Papa Francisco.

Na edição do dia seguinte ao 2º turno, trouxemos os números de como Lula estaria assumindo o país. Bom, nada melhor do que compilar todos eles para compararmos.

Mesmo já tendo reconhecido sinais de melhora, o BC ainda não reduziu a taxa, desde o ano passado, tendo indicado só agora em junho uma possível redução na próxima reunião do Comitê, em agosto.