quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Infraestrutura, cidades e ação global foi tema de painel promovido nesta quarta-feira (21) pela ONU Meio Ambiente e parceiros na Semana do Clima da América Latina e Caribe, em Salvador (BA). Na ocasião, autoridades governamentais e representantes dos setores privado, financeiro e da sociedade civil da região apresentaram as principais iniciativas e lições aprendidas para acelerar a implementação de uma mobilidade urbana sustentável.

O painel foi dividido em três sessões temáticas. A representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, moderou a primeira sessão da tarde, que contou com a presença de autoridades como o Ministro dos Transportes e Obras Públicas do Uruguai, Victor Rossi, o Secretário de Relações Internacionais do Brasil, Roberto Castelo Branco, o Secretário de Governo do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Argentina, Sérgio Bergman, a Ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt, e o Ministro da Jamaica, Christopher Tufton.

Os participantes compartilharam os passos para liderar o caminho para cidades sustentáveis por meio da mobilidade urbana e o debate destacou a contribuição dos transportes e o avanço das tecnologias para auxiliar na redução das emissões de carbono e no combate às alterações climáticas para as próximas gerações.

No segundo bloco, a ênfase foi colocada na forma como o setor privado, por meio da aplicação de novas tecnologias de emissão zero — como os veículos de propulsão elétrica — apoia a implementação de modelos de desenvolvimento orientados para o trânsito e ajuda a acelerar a mobilidade urbana sustentável, socialmente inclusiva e resiliente ao clima. A sessão também facilitou intercâmbios sobre como os marcos legais e regulatórios estão transformando o investimento privado, em consonância com os movimentos sustentáveis das cidades.

Para finalizar, o debate abordou a necessidade de gerar mecanismos financeiros e modelos de negócios concretos para expandir o investimento em mobilidade urbana sustentável. A discussão também envolveu maneiras de os governos nacionais atuarem junto aos investidores privados para transformar a mobilidade urbana, como por exemplo, por meio da inserção de transporte público elétrico.

A expansão urbana, a falta de planejamento e de capacidade, bem como a falta de parcerias fortes e de mecanismos financeiros eficientes, são as principais barreiras que devem ser enfrentadas pelas cidades latino-americanas para concretizar a transição para o transporte sustentável com baixas emissões de carbono.

De acordo com o Relatório Regional sobre Mobilidade Elétrica de 2018, da ONU Meio Ambiente, a frota de veículos na América Latina e Caribe pode triplicar nos próximos 25 anos.

O setor dos transportes é o principal consumidor de combustíveis fósseis na região e a principal fonte de poluição atmosférica. A transição para a mobilidade elétrica pode ajudar os países a modernizar seus sistemas de transporte coletivo e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases do efeito estufa, em sintonia com os compromissos assumidos no Acordo de Paris.

O evento foi organizado pela ONU Meio Ambiente (PNUMA), Agência de Cooperação Alemã Internacional (GIZ), Plataforma de Estratégias de Desenvolvimento Resiliente e Baixas Emissões (LEDS LAC), Grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática (C40) e Parceria para Transporte Sustentável com Baixa Emissão de Carbono (SLoCaT), com o apoio do programa EUROCLIMA+ da União Europeia.

Informação: Nações Unidas 

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