sexta-feira, 24 de janeiro de 2020
Estudantes do SESI buscam vagas para a etapa nacional da competição em São Paulo que discute cidades inteligentes e sustentáveis


SÃO LUIS – Uma delegação maranhense formada por 24 alunos e professores das Escolas do SESI (Serviço Social da Indústria) de Bacabal, Imperatriz e São Luís viajam no final de janeiro e em fevereiro para Ananindeua (PA) e Paulista (PE), onde participam do Torneio Regional de Robótica FIRST LEGO League (FLL). Com o desafio City Shaper (construindo cidades inteligentes e sustentáveis), os estudantes vão debater questões como mobilidade e acessibilidade e apresentar seus projetos nos desafios.

A etapa regional da competição começou em dezembro e vai até fevereiro de 2020. As melhores equipes da fase regional garantem vaga para o Festival SESI de Robótica, que será realizado em março, em São Paulo. No Brasil, o SESI é o organizador oficial da competição.

 O tema da temporada desafia os estudantes a pensar sobre as casas, os prédios e o bairro de cada um no futuro. As equipes precisam apresentar soluções inovadoras para problemas enfrentados pelas cidades como, por exemplo, transporte, acessibilidade e até desastres naturais. Os estudantes ajudarão a construir uma cidade em expansão, com edifícios e estruturas mais estáveis, bonitas, úteis, acessíveis e o mais importante, sustentáveis. A meta é resolver os problemas do mundo real representados nas missões para marcar pontos.


Ao final, todos vão ganhar porque os projetos serão compartilhados no torneio de robótica e quem sabe, muitos deles poderão sair do papel. Mas não é só isso, além do Projeto de Inovação, os estudantes serão avaliados em mais três categorias. Uma delas é o Desafio do Robô, quando os estudantes colocam os robôs de Lego para cumprir determinadas missões. Para isso, o robô pode capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição.

Ao todo são 14 missões. Na mesa de competição, os robôs vão atuar, por exemplo, com guindastes, elevador de obras, drone de inspeção e construções em aço. Tudo de forma lúdica, simulando situações reais. As equipes têm direito a três rounds, de 2 minutos e 30 segundos cada, para execução das tarefas.

Os robôs, projetados e construídos pelos próprios alunos, também são avaliados na categoria Design do Robô. Os times podem utilizar sensores de movimento, cor, controladores e motores. Os juízes levam tudo isso em consideração, além da estratégia e programação.


Conta pontos ainda, o Projeto de Inovação com uma solução sobre o tema da competição que deve ser compartilhada com os outros competidores e será avaliada pelos juízes. Por fim, na categoria Core Values, os estudantes precisam mostrar que sabem trabalhar em equipe, com inclusão, diversão e inovação.

Os times que tiverem o melhor desempenho nestas quatro categorias vão se classificar para torneios internacionais de robótica.

O FUTURO JÁ CHEGOU - Para o superintendente do SESI, Diogo Lima essa edição será especial porque dará aos estudantes a oportunidade de pensar em soluções para o dia a dia deles. “Nós, que moramos em grandes cidades, sabemos que tudo poderia ser melhor se pudéssemos ter a oportunidade de pensar, de planejar as coisas antes de acontecerem. Esse torneio vai proporcionar isso para que os alunos, futuros arquitetos e engenheiros, possam contribuir para que as grandes cidades fiquem mais bonitas e inteligentes”, pontuou o superintendente.

O professor de robótica da Escola SESI Anna Adelaide Bello, de São Luís, Moisés Pereira, que treinou o time nos últimos meses para a competição não esconde orgulho dos alunos. “Essa é nossa quarta participação nesse torneio. Já temos três títulos em três temporadas diferentes e duas classificações para o torneio nacional da FLL. Essa etapa está sendo muito produtiva, tanto para nós professores, quanto para os alunos, que tem buscado conhecer e trabalhar nas áreas das exatas e da tecnologia, além de discutir a cidade, inclusive com visitas técnicas”, destacou o professor.

Para a aluna Larah Santos, 13 anos, do 8º ano da Escola SESI Marly Sarney, de Imperatriz, que é uma das integrantes da delegação disse que o seu primeiro contato com a robótica foi ao entrar no sexto ano no SESI. "Me apaixonei pela robótica e logo me esforcei nas aulas para integrar as equipes participantes de torneios. A disciplina me ajudou bastante a melhorar minhas notas e aprendizado. Estamos confiantes e com boas expectativas diante dos quase três meses de muito treinamento com a programação de robô, desenvolvimento de pesquisas, conhecimento e espírito de equipe”, disse.

Fábio Oliveira Júnior, aluno da equipe Robot Planet de Bacabal, que treinam desde setembro para a competição. “Treinamos três horas por dia. Estamos animados e preparados para esse desafio que está sendo uma grande experiência para toda a equipe que participa pela 1ª vez desse modelo de competição!”.     

O Serviço Social da Indústria (SESI) adota a robótica educacional em sala de aula desde 2006 em todo o Brasil. Atualmente, todas as 459 escolas do SESI que oferecem ensino fundamental e ensino médio de todo o país ofertam a robótica. São quase 190 mil alunos. Tudo isso para preparar os profissionais do futuro. 

Informação: Fiema 

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