segunda-feira, 30 de março de 2020
Por: Reginaldo Rodrigues - Editor do Jornal Cazumbá


A todo momento se ouve falar de um novo destino turístico; lugares paradisíacos, turismo aqui, ali, acolá... Mas quando se conhece o lugar não é exatamente o que se quis dizer, muito menos está preparado para receber os visitantes. Mas o que é exatamente um destino turístico e como identificá-lo? Ter praias paradisíacas, uma pracinha com coreto e uma igrejinha, com suas imagens barrocas? Uma cidade com um belo acervo arquitetônico, história natural, cultural e gastronomia diferenciada para se enquadrar como destino turístico? Um local com todos esses atrativos descritos? As mídias nos mais diferentes meios veiculam reportagens e matérias com imagens e textos espetaculares, como sendo um grande destino turístico. Afinal de contas como podemos identificar um destino turístico?

Etimologicamente a palavra “destino” significa “lugar onde alguém se dirige ou onde se manda” e turístico “conjunto de atividades profissionais que assista ao turista” e que pode movimentar 52 profissionais da cadeia produtiva do turismo, tais como: alimentos, alojamento, transporte, entre outras. Portanto, qualquer lugar pode ser um destino, quanto a ser um destino turístico tem que se percorrer mais umas dezenas ou até centenas de quilômetros para se ter a resposta.


É bem verdade que não só de conceitos vive o homem, mas das atividades que podem transformar de fato o lugar em um destino capaz de receber bem, com cordialidades no que concerne toda cadeia de serviços, com profissionais qualificados.

Assim sendo, o trabalhador terá além da remuneração justa, pelo trabalho prestado a satisfação de quem recebe o serviço, a certeza de retorno num espaço de tempo breve.

O que se percebe que o lugar pra ser de fato um destino turístico, não precisa só ter uma história, belas paisagens, ser encarte de revistas, jornais e programas televisivos. Na verdade, precisa muito mais que isto. Para que seja conhecido como um destino turístico o lugar precisa ter estradas que a levem até esse lugar, transportes decentes, alojamentos, alimentação e dentre outros, ofertados por profissionais qualificados e preparados.


Em nossas andanças pelo Maranhão, encontramos lugares e cidades com potencialidade turística, com os mais diferentes atrativos naturais e culturais, conhecidas e desconhecidas, ou seja, uma infinidade de lugares a espera que alguém lhes visite.

Contudo, após um pernoite constata-se que esses locais não possuem condições de atender a poucos visitantes quanto mais uma eventual demanda de turistas.

Um lugar para ser destino turístico tem que levar em conta vários aspectos, entre eles a atração, o que influiria na demanda de turistas e visitantes. Daí entra uma questão muito séria que é a capacidade de carga destes lugares. Será que capacidade de carga destes destinos suporta a demanda desejada? Os serviços e profissionais estão capacitados e sabem o que é receber um turista?

Na verdade, a maioria desses lugares não passam de destinos com grande potencialidade turística em estado bruto (mina), que precisa passar urgentemente por uma lapidação, (educar/melhorar), para mostrar seu real brilho e valor turístico, para então ser explorada, com toda racionalidade que o turismo requer. O Maranhão ainda tem muito o que aprender.


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