terça-feira, 3 de março de 2020
A falta ou alto custo de trabalhador qualificado e a elevada carga tributária estão entre os principais problemas enfrentados pelos empresários no Estado.


SÃO LUÍS – Uma pesquisa realizada de 3 a 17 de janeiro de 2020 pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) revelou que a indústria maranhense de extração e transformação encerrou o ano de 2019 com uma redução de 6 pontos no seu volume de produção, marcando 45,4 pontos e ficando, assim, abaixo do nível considerado satisfatório (50 pontos). A Sondagem Industrial é elaborada mensalmente em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pesquisa, por meio de questionários, empresários de indústrias dos diversos segmentos, entre eles de alimento, vestuário, couros, derivados do petróleo, limpeza, móveis, reparação e instalação de máquinas e equipamentos.

Em contrapartida, o estudo apontou que, apesar da queda no volume de produção, a utilização da capacidade instalada das indústrias apresentou uma pequena variação positiva de 2 pontos, finalizando o mês em 62.

Para o indicador número de empregados, no entanto, houve uma redução (-1,4), marcando 50 pontos, o que também ocorreu com o nível de estoques de produtos finais com 33,3 pontos (-11,3). Essa situação de desaquecimento industrial, também é verificada a nível nacional, com 43,8 pontos na evolução da produção (-7,1) e em termos regionais com 46,2 pontos, uma redução de –5,4 pontos.


EXPECTATIVAS – O setor industrial encerrou o ano de 2019 com perspectivas positivas para 2020. No que diz respeito à demanda, as expectativas cresceram 6,6 pontos, registrando 65 pontos. Em relação à evolução do número de empregados, cresceu 8,2 pontos, totalizando em 59,6 pontos. Dessa forma, apesar da retração na atividade industrial, as expectativas para 2020 são otimistas.

A pesquisa da FIEMA também listou os principais problemas apontados pelos industriais. A falta ou alto custo de trabalhador qualificado e a elevada carga tributária foram os quesitos apontados como os principais problemas, mas a insuficiência de demanda interna e a inadimplência dos clientes também foram destacadas.

Ainda segundo o estudo, os empresários maranhenses têm dificuldade em acessar crédito, de acordo com os representantes das empresas pesquisadas. Também, a satisfação com o lucro operacional foi reduzida em relação ao terceiro trimestre de 2019, e a situação financeira das empresas continua em processo de queda, segundo as empresas pesquisadas.

Informação: Fiema 

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