terça-feira, 12 de maio de 2020

Os milhares de profissionais da Enfermagem espalhados Brasil afora sabem exatamente a que me refiro no título: sim, à enfermeira britânica Florence Nightingale, que revolucionou a prática da profissão e que, neste ano, é lembrada de forma especial por causa do bicentenário de seu nascimento. A Academia Nacional de Medicina se faz presente a essa efeméride e promove, nessa quinta-feira, dia 14, um simpósio em homenagem à enfermagem, com uma rica e diversificada programação.

Nightingale, durante a guerra da Crimeia, fez total diferença com seu conhecimento, sua ousadia e determinação em salvar vidas. Incansável, percorria os acampamentos com a lanterna, pois a escuridão noturna não era obstáculo ao seu dever. Seu gesto tornou-se símbolo e referência de dedicação a esse saber.

Profissionais da Enfermagem comemoram, neste 12 de maio, o dia a eles dedicado. Mas eis que novamente estamos em cenário de guerra, desta vez contra um inimigo insidioso e cruel, que desconhece qualquer barreira. Neste quadro bélico, os heróis da resistência não vestem uniformes nem empunham armas. Estão de jalecos, máscaras e luvas. Dentro do peito, um coração valente, em que resplandece a lâmpada da determinação.

Coragem é o sobrenome de vocês, e suas proezas são incontáveis, em especial, a capacidade de cuidar daqueles que estão sob seus cuidados. Cuidar, esclareço, não é fazer curativos, administrar medicações ou a infinidade de atos que compõem essa prática profissional, que incluem o estudo, a pesquisa, a disseminação relevante de descobertas, mas, sobretudo, a habilidade de se importar com o outro. Ouvir, conversar de forma acolhedora. Efeito colateral: o paciente é alimentado com afeto, o que, sem dúvida nenhuma, ajuda em sua recuperação. Trabalhei ao longo de minha vida, ao lado de uma miríade de profissionais da enfermagem, e, em sua maioria, vejo essas qualidades. Aprendi — e aprendo — com todos.

O meu desejo-parabéns? Uma dose generosa de compreensão, acolhimento e apoio humano que combatam o medo, a exaustão, a insegurança. Que haja maior valorização, carreira atrativa, reconhecimento, condições dignas de trabalho, mais respeito.

Que esse superpoder de tratar, cuidar e animar do qual vocês são dotados os anime a prosseguir a jornada. E lembrem-se: por mais escura e longa que seja a noite, a luz sempre irradiará. Obrigado por serem tão indispensáveis! Sejam bem-sucedidos e venturosos!

Natalino Salgado
Reitor da UFMA

Informação: UFMA 

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