quarta-feira, 24 de junho de 2020
Pesquisa do IBGE, divulgada nesta quarta-feira (24), identifica os impactos da pandemia no mercado de trabalho e quantifica a ocorrência de sintomas referidos da síndrome gripal

1,071 milhão de pessoas apresentaram algum sintoma associado à síndrome gripal no mês de maio, no Maranhão. O que corresponde, percentualmente, a 15,1% da população do estado. Considerando os números registrados nas demais Unidades da Federação (UF’s), o percentual do Maranhão é o 5º maior do país. Apenas os estados do Amapá (26,6%), Pará (21,3%), Amazonas (18,9%) e Ceará (16,5%) tiveram percentuais maiores.

As informações são da primeira divulgação mensal da PNAD COVID19, realizada hoje (24) pelo IBGE. O levantamento é uma versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada com apoio do Ministério da Saúde, para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal.

A PNAD COVID19 construiu um indicador síntese que conjugou, entre os sintomas investigados, os mais associados à Covid-19. Os conjuntos de sintomas utilizados foram: perda de cheiro ou de sabor; ou tosse e febre e dificuldade para respirar; ou tosse e febre e dor no peito. No Maranhão, 396 mil pessoas (5,6% da população) apresentaram sintomas conjugados de síndrome gripal, que podiam estar associados à doença. Os sintomas foram informados pelo morador e não se pressupõe a existência de um diagnóstico médico.

No ranking das UF’s, o Maranhão registrou o 4º maior percentual de pessoas que apresentaram sintomas conjugados, atrás somente dos estados do Amapá (12,4%), Pará (10,1%) e Amazonas (8,8%).

Entre as pessoas que apresentaram algum dos sintomas isoladamente, no Maranhão, 190 mil procuraram um estabelecimento de saúde, mas 879 mil não buscaram atendimento. Já em relação aos que tiveram sintomas conjugados, 97 mil procuraram atendimento em estabelecimento de saúde, enquanto 299 mil pessoas não buscaram atendimento.

61,7% dos domicílios maranhenses receberam auxílio emergencial em maio

A pesquisa apontou que, no mês de maio, 61,7% dos domicílios do Maranhão receberam auxílio emergencial do Governo ­Federal – benefício criado para proteção social dos trabalhadores afetados pela Covid-19. O percentual do estado foi o 2º maior dentre as UF’s, menor apenas que o registrado no Amapá, 61,8%.

Em maio, a taxa de desocupação registrada no Maranhão foi de 10,7%. Já o somatório dos percentuais de pessoas desocupadas e de pessoas que não estavam ocupadas e que gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por conta da pandemia, foi de 39%. Essa informação possibilita mensurar de forma mais abrangente os impactos da pandemia sobre o mercado de trabalho.

A PNAD Covid19 mostrou, ainda, que a Proxy da Taxa de Informalidade (percentual de pessoas ocupadas como trabalhadores informais em relação ao total de pessoas ocupadas) foi de 50,6% no Maranhão, em maio. São considerados trabalhadores informais os empregados do setor privado sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregados que não contribuem para o INSS, trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

A Proxy da Taxa de Informalidade do Maranhão foi a 3ª maior dentre os estados. Somente Amapá (52,5%) e Pará (51,0%) apresentaram percentuais maiores.

Informação: IBGE/MA

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