Nesta quinta-feira (08) às 19h30, acontece mais um episódio na série de debates do projeto Cidade de Afetos que vai abordar Polícia e Direitos Humanos: Segurança Pública em São Luís.  As discussões serão transmitidas pelo canal no YouTube “Rafael Silva Oficial São Luís”  (https://www.youtube.com/channel/UCoukLKYq2Ivki9QTVLYgwlw).

Participam do Cidade de Afetos representantes de uma família que foi vítima da violência policia. O caso foi em 2015 quando o jovem, Fagner Barros dos Santos, de 19 anos foi morto por um PM durante operação da Polícia Militar em cumprimento da decisão judicial de reintegração de posse no Bairro da Vila Luizão. O pai da vítima afirma não se sentir mais seguro após o acontecimento: "Foi muita covardia. A gente confia e acha que terá segurança e são os primeiros a agir dessa forma absurda. Em quem eu posso confiar?”, diz.

O tema será debatido também com o Defensor Público Estadual e professor de Direto na UEMA, Jean Carlos Nunes e Jeanderson Mafra, representante do movimento social “Policiais Antifacistas do Maranhão” que estarão dialogando com o idealizador do projeto, Rafael Silva, advogado e militante em Direitos Humanos. 

Para o advogado e militante em Direitos Humanos, Rafael Silva, a polícia é pensada com o um mecanismo de defesa dos Diretos Humanos e ambos se complementam para garantir a segurança, a paz e a liberdade. “O compromisso fundamental é a preservação, proteção e dignidade da pessoa humana”, afirma Rafael Silva.

Na roda de conversas serão levantadas discussões a respeito da violência institucional, discriminação racial e abuso de autoridade. Jeanderson Mafra observa que a desmilitarização da segurança pública deve começar a ser pautada: “Ela carrega sempre a noção de extermínio de um inimigo. Isso seria piorar o quadro de desrespeito aos direitos humanos e intensificar a política de execuções sumárias e morticínios por intervenções policiais desastrosas nunca assumidas ou questionadas pelo poder público”. 

Violência Policial

Em 2017, segundo o Fórum de Segurança Pública, 110 pessoas foram mortas no Maranhão pela polícia. Nos últimos quatro anos, o crescimento foi de 79,4%, com 386 mortes. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.