sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Paradise Bay, Antártida

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) informou que o buraco de ozônio na Antártida em 2020 fechou mas foi o mais duradouro e um dos maiores e mais profundos desde o início do monitoramento, há 40 anos. A partir de agosto, o buraco cresceu rapidamente e atingiu o ponto máximo em 20 de setembro, quando se espalhou pela maior parte do continente. 

O fenômeno foi impulsionado por um vórtice polar forte e temperaturas muito frias na estratosfera. Os mesmos fatores meteorológicos também contribuíram para o buraco recorde de ozônio no Ártico. Em  2019, o buraco tinha sido pequeno e de curta duração. A cada estação, o surgimento do buraco e sua evolução são monitorados por meio de satélites e estações terrestres.

A chefe da Divisão de Pesquisa Ambiental Atmosférica da OMM, Oksana Tarasova, disse que é necessária uma “ação internacional contínua para fazer cumprir o Protocolo de Montreal sobre os produtos químicos que destroem a camada de ozônio”. Ela explicou que ainda há substâncias danosas suficientes para causar a destruição da camada anualmente.

O Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, de 1987, previa medidas para controlar a produção e o consumo global de produtos químicos prejudiciais à camada. Com base no desenvolvimento científico, o Protocolo definiu o controle de cerca de 100 produtos químicos de diversas categorias.  

Desde então, a camada de ozônio tem se recuperado lentamente e os dados mostram uma tendência de diminuição da área do buraco de ozônio, sujeita a variações anuais. A última avaliação da OMM, emitida em 2018, concluiu que a camada de ozônio está no caminho da recuperação. 

Até 2060, a atmosfera deve retornar aos valores do ozônio sobre a Antártida ao patamar anterior aos anos de 1980.

Informação: Nações Unidas 

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