quarta-feira, 7 de julho de 2021

Quinta, 8/7, é dia do padeiro. Parceria entre os Sindicatos de Panificação do MA e SENAI qualifica alunos e profissionais  que atuam no mercado de trabalho 

SÃO LUÍS – O popular pão francês ou massa grossa não pode faltar na mesa de todo maranhense. Pão Francês, massa grossa ou massa fina; não muito interessa, o importante é que o pãozinho venha crocante, quentinho e saboroso. Não é à toa que o Maranhão conta com nada menos que 2.131 padarias das 16.704 distribuídas nos nove estados do Nordeste. 

Isso só é possível graças àquele que é responsável por cada pão que chega à mesa: a figura popular e indispensável dos padeiros, que nesta quinta, 8 de julho, comemoram o seu dia.  

“Os padeiros são a verdadeira força motriz da indústria de panificação e confeitaria. Estamos muito felizes de homenagear esses profissionais neste dia dos quais nos orgulhamos profundamente”, afirma 1º Diretor Administrativo da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), Pedro Robson Holanda da Costa. 

Em um cenário no qual a venda de produtos de fabricação própria se torna cada vez mais importante para as padarias, a relevância de um bom padeiro é ainda maior. Em 2018, esse tipo de vendas cresceu 5,87% em relação ao ano anterior. “A fabricação própria vem sendo cada vez mais o ponto de apoio das padarias, com participação crescente no faturamento. Assim, contar com um bom padeiro é vital e indispensável para os negócios”, reforça Costa. 

A profissão que alimenta também faz girar a economia. Embora não haja dados específicos sobre o número de padeiros no país, estima-se que o setor gere 920 mil empregos diretos e 1,8 milhões de vagas indiretas nas 70 mil padarias e confeitarias registradas no Brasil. Segundo o último levantamento oficial, de 2017, cada padaria mantém, em média, 12 profissionais (área de produção e loja) contratados para atender as demandas diárias dos clientes que chegam em busca dos produtos fresquinhos. 

Com o objetivo de capacitar, qualificar e estimular as pessoas a abrirem seu próprio negócio, o Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Imperatriz (Sinpancimp) e o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Luís (Sindipan), em parceria com o SENAI, realiza cursos de qualificação para novos profissionais sobre as técnicas do mercado além de atualizar os padeiros já profissionais. 

Segundo o diretor regional do SENAI, Raimundo Arruda, além de suprir a demanda das empresas do setor, esse é um passo importante para quem deseja se destacar no mercado de trabalho. “Essas são excelentes oportunidades oferecidas à população visando a capacitação profissional e a geração de renda para os participantes. E neste curso, trouxemos um pouco de tudo, principalmente uma aula complexa sobre o uso da pasta americana, que está sendo pouco utilizada por seu difícil manuseio. E fiquei muito contente porque foi um desafio em que todos demonstraram esforço para conseguir o resultado”, enfatiza o diretor. 

Bolos, salgados, doces, tortas frias e geladas, pães, cobertura e recheios foram feitos pelos alunos que usaram a criatividade.  No laboratório de alimentos, os alunos contam com todos os equipamentos de uma cozinha industrial, equipamentos de última geração com capacidade para atender 20 alunos e produzir cerca de 200 pães por turno. 

O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Luís (Sindpan), Francina Alves enfatizou que o objetivo é promover capacitação para o segmento alimentício da região. “Essa parceria sem dúvida foi um sucesso e muito salutar uma vez que nos trouxe bons resultados já que não tivemos nenhuma desistência ao longo do curso. Acreditamos que é por meio de ações como essa que qualificamos e aprimoramos a mão de obra local para as demandas da cidade”, garantiu. 

Os cursos são marcados por dois momentos. Antes de por a mão na massa, os alunos passaram por parte teórica, com aulas que abordaram conceitos sobre preparo, manipulação de alimentos, higiene e segurança. Já na parte prática, descobriram como preparar massas para pães e salgados, além de recheios para tortas e bolos. 

Durante o curso, os alunos puderam ainda aprender as normas técnicas de conservação dos alimentos, além de lidar com a segurança, saúde e prevenção do ambiente, visando a atuação do futuro profissional. 

A gerente do SENAI CEPT Distrito Industrial, Scheherazade Bastos destaca o trabalho realizado para qualificação da população. “O SENAI contribui para a formação profissional preparando pessoas da comunidade para serem futuros profissionais da indústria nas diversas áreas. Atuamos em diversos segmentos, inclusive na área de alimentos, na qual realizamos esse curso de padeiro e confeiteiro com 20 alunos em cada.  

Destinado à capacitação da mão-de-obra da região, o SENAI conta em São Luís e Imperatriz com um bloco estruturado com equipamentos modernos na área de Alimentos e Bebidas, especialmente no setor de panificação e confeitaria.  

RECEITA QUE FUNCIONA – Como a falta de pessoas qualificadas ainda é um dos grandes entraves vivenciados pela classe empresarial brasileira, a parceria na formação técnica tem um impacto positivo na economia. “A vaga e as oportunidades existem, porém, falta a qualificação do profissional para ocupá-la. E isso é muito complicado, pois afeta na produção e no crescimento industrial”, ressalta o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Imperatriz (Sinpancimp), Antônio Alves que ressaltou que tem realizado em parceria com a FIEMA/SENAI, um bom trabalho à frente do sindicato, também com a força dos empresários temos obtido sucesso em muitas negociações e alcançado melhorias. Essa parceria com o SENAI, é muito interessante, pois o nosso setor existe uma grande rotatividade e falta muito profissional capacitado”.  

Empresário no setor de panificação há 14 anos, Domingos Borges, conta como a parceria com o SENAI é salutar para a contratação da mão de obra. “É um auxílio bem importante porque já recebemos um profissional alinhado com teoria e prática e capacidade de trabalho em equipe”.  

O SENAI CEPT Imperatriz, oferece curso de Qualificação Profissional : Padeiro (200h), Padeiro Confeiteiro (500h) e Confeiteiro (220h), além de cursos de Iniciação Profissional e Aperfeiçoamento na área. A Unidade conta com um Laboratório de Panificação, e atualmente com um instrutor da área. 

Já em São Luís, o SENAI possui o curso Técnico em Panificação: 800h e curso de Qualificação Profissional em Padeiro com 200h e duas instrutoras. 

Além dos cursos mencionados, o SENAI atende as demandas das empresas por meio da aprendizagem industrial, como realizado com o Grupo Mateus - Bumba meu pão em São Luís. Em Imperatriz realiza assessorias no desenvolvimento de produtos - Cantinho do Pão, Empório do Bairro, Panificadora do Pão, Bonna Massa, Biscoito Zé Pereira, entre outros. 

Apesar do cenário e do mundo enfrentar mais um ano de pandemia, os empresários estão otimistas quanto ao futuro dos negócios, o que pode representar mais empregos. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Instituto FBS Pesquisa e divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No estudo, 55% dos executivos industriais afirmam esperar crescimento econômico e 62% acreditam no aumento do faturamento do seu próprio negócio.   

DIA DO PANIFICADOR – É comemorado anualmente em 8 de julho. Também conhecido como Dia do Padeiro, esta data é uma homenagem aos profissionais que se dedicam a produzir uma delícia popular milenar: o pão! 

O panificador é o profissional que fabrica os pães, a partir das mais variadas receitas. A panificação é uma atividade bastante antiga, fazendo com que seja difícil precisar o ano ou local onde a produção de pães surgiu. 

Alguns historiadores acreditam que os primeiros pães foram feitos há mais de 12 mil anos na Mesopotâmia, na atual região do Iraque. O pão é feito com os mais diversos grãos como trigo, centeio, milho, cevada, etc. Pode ou não levar fermento e sempre cai bem em qualquer refeição. 

No Brasil, para ser um panificador, é preciso fazer um curso técnico de panificação e confeitaria e colocar a mão na massa. O Dia do Panificador foi criado em homenagem à Santa Isabel de Portugal, conhecida popularmente como a “padroeira dos padeiros”. De acordo com a lenda, durante o século XIV, Portugal enfrentava uma intensa crise e as pessoas passavam muita fome. Para ajudar os menos afortunados, a rainha de Portugal, Isabel de Aragão, distribuía anonimamente pães para os pobres. Certo dia, quando a rainha se preparava para distribuir os pães, o rei D. Dinis I interceptou-a e exigiu que ela mostrasse o que escondia no seu avental. 

A profissão de padeiro tem um significado maior do que a simples feitura de pães, doces ou bolos. A história do pão e, consequentemente, a do padeiro, permeia toda a história, principalmente no âmbito religioso. 

A atividade panificadora no Brasil se expandiu com os imigrantes italianos. Nas grandes cidades proliferaram as padarias, muito conhecidas na cidade de São Paulo, mais especificamente no bairro do Bexiga, onde ainda são fabricados pães típicos italianos. 

Informação: Fiema 

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