segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Reunião foi promovida pelo Conselho Temático de Infraestrutura da FIEMA

SÃO LUÍS - A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) realizou, na manhã desta segunda (27/09), na Casa da Indústria,  mais uma reunião ordinária do Conselho Temático de Infraestrutura e Obras da FIEMA, onde debateu dois importantes projetos que estão sendo implantados no setor de logística do Maranhão e que foram apresentados respectivamente pelo gerente de relações institucionais da VLI, Fernando Künsch e pelo presidente da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI) Guilherme Eloy. 

A reunião foi conduzida pelo presidente em exercício do Conselho Temático Infraestrutura e Obras, João Batista Rodrigues que destacou que a logística é um tema muito debatido na FIEMA e uma prioridade na agenda industrial. “Precisamos debater esse tema de forma permanente. A logística é estratégica para o desenvolvimento desse Estado. E colocamos a FIEMA à disposição para discutir temas tão relevantes como esse”, destacou o presidente na reunião que teve também a participação do superintendente da FIEMA, César Miranda e do vice-presidente executivo da FIEMA, Celso Gonçalo. 

O gerente de relações institucionais da VLI, Fernando Künsch abriu sua fala enfatizando o lugar de destaque do Maranhão na logística e no agronegócio no Brasil e ressaltou o papel da FIEMA na representação e na defesa dos interesses do setor industrial. “A FIEMA contribui com o desenvolvimento econômico, qualificação profissional, saúde e segurança do trabalhador, educação empresarial, tecnologia, inovação e industrialização. A VLI opera duas ferrovias no Brasil, além de operações portuárias em cinco corredores logísticos está cada vez mais atenta à dinâmica econômica do Maranhão e pretende contribuir com o Poder Público e as agendas estratégicas da FIEMA com a busca de soluções conjuntas para os principais desafios logísticos”, disse Künsch. 

Künsch falou do trabalho da VLI no Maranhão e do recente pedido de autorização para análise da viabilidade da construção do ramal ferroviário Estreito-Balsas, por entender ser de grande relevância para a região que cresce cada vez mais em importância no agronegócio brasileiro. Segundo o executivo, somente Balsas e região já contribuem com 21% do volume de grãos escoados pela VLI no Corredor Norte. “A VLI entende que pode contribuir muito para o Maranhão ter mais opções eficientes de escoamento da safra pelos portos do Arco Norte, em especial o Porto do Itaqui, onde já opera o berço 105. A empresa encontra um ambiente favorável proporcionado tanto pelo Governo do Estado e diretoria da EMAP, como pela FIEMA.”, explicou Künsch que enfatizou que de 2012 a 2019, o crescimento acumulado de volume no corredor Norte foi de 104% no transporte de combustíveis, celulose, ferro gusa e grãos. “Sobre a expansão do corredor Norte, Künsch destacou o estudo do ramal Balsas-Estreito, com 230 km de extensão, entregue ao governo federal, pelo novo modelo de autorização ferroviária.”  

“Künsch também falou sobre alguns projetos da empresa voltados ao agronegócio, como o terminal de Porto Franco, pátio ferroviário que estava inoperante há cinco anos e agora sob administração da VLI. A companhia vai investir cerca de R$ 20 milhões no local. A previsão é de que as operações no terminal comecem no primeiro semestre de 2022”. “A VLI quer continuar contribuindo para o desenvolvimento do Maranhão, com o fomento de novos negócios. A parceria com a FIEMA é fundamental para isso”, encerrou o gerente da VLI. 

COPI – O presidente da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI), Guilherme Eloy, apresentou o novo projeto de integração fertilizantes Norte – corredor Maranhão desenvolvido em parceria com a VLI. 

Eloy começou sua apresentação falando da empresa que atua na operação portuária de granéis de importação e big bags, recepção dos produtos descarregados e transporte e armazenagem de fertilizantes e demais graneis de importação. 

Logo em seguida, o executivo falou do projeto em parceria com a VLI que integrará a logística de exportação de grãos com a importação de fertilizantes, possibilitando o uso dos vagões carregados destinados ao Porto do Itaqui com retorno ao Terminal de Palmeirante (TO), o que implica em um novo terminal de fertilizantes no Itaqui, com 1,5 milhão de toneladas/ano, além da geração de emprego, renda e tributos, ganhos ambientais e com prazo de implantação de 14 meses.   

“O projeto consiste na construção de um sistema ferroviário de expedição “ligando” o armazém à ferrovia. As obras de terraplanagem já iniciaram tanto em São Luís quanto em Palmeirante (TO). A geração de empregos durante as obras é de 450 pessoas e na operação dos terminais de 250 pessoas. Além da consolidação do Estado como integrador estratégico da cadeia de logística do agronegócio no Arco Norte e a entrada de novas indústrias misturadoras de fertilizantes, além da redução das emissões de monóxido de carbono com maior utilização do modal ferroviário para transporte de cargas de longas distâncias”, pontuou o presidente da COPI, Guilherme Eloy. 

Sobre a reunião, o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura, João Batista Rodrigues ressaltou que “demandas como o ramal ferroviário já foram pleiteadas pela FIEMA há anos e fica feliz em ver esse estudo sendo finalmente viabilizado. A FIEMA sempre é atuante e acredita que a logística é um caminho para o desenvolvimento do Maranhão”, destacou Rodrigues 

A reunião foi realizada de forma híbrida e contou também com a presença do consultor da FIEMA e professor da UFMA, Allan Kardec, do consultor da FIEMA, Ronaldo Carmona, do advogado Carlos Nina, da Comissão de Direito Marítimo da OAB/MA, da Andreia Amorim (Sagrima), Flávio Lima (Sindicor), Elson Costa, Leonor de Carvalho (Sindirepa), Maurício Sá (Fapema), Geraldo Carvalho (SEPE), Diego Moura (ACM), Fernando Oliveira (UEMA), José Arthur Cabral Marques (UFMA), Leopoldo Moraes (SESI), Jailson Luz (Porto do Itaqui/EMAP), Fernando Fialho, Silvio Aguiar (Granel Química), dentre outros membros do Conselho Temático da FIEMA, empresários e representantes.

Informação: FIEMA

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