quinta-feira, 20 de abril de 2017
O último censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, aponta para a existência de 274 línguas indígenas pertencentes a 305 etnias diferentes no Brasil. Para valorizar a cultura e identidade desses povos indígenas, o Ministério da Cultura (MinC) promove, em parcerias com outros órgãos públicos, diversas ações, como a preservação de idiomas e o apoio ao treinamento de atletas.

O projeto mais recente, desenvolvido na gestão do ministro Roberto Freire, em parceria com o Ministério dos Esportes (ME) e a Fundação Nacional do Índio (Funai), é o de levar indígenas brasileiros aos Jogos Olímpicos de 2024. A ideia inicial é trabalhar com três modalidades: canoagem, tiro com arco e lutas. 

"Inserir os indígenas nos esportes brasileiros é uma forma de integrá-los na sociedade. Esses esportes já fazem parte do dia a dia desses povos, de sua sobrevivência, vamos apenas dar apoio técnico e formar exímios atletas indígenas para representar o Brasil mundo afora. Assim, vamos fazer valer sua presença na sociedade brasileira", disse o ministro. "Não temos que apenas falar sobre os indígenas, mas dar espaço para que falem de si mesmos, seja em que linguagem for, inclusive por meio dos esportes", complementou Freire. 

O projeto atende a uma demanda dos próprios povos indígenas. Inicialmente, beneficiará os povos do Xingu, mas a expectativa é que seja expandido para todo o Brasil. A Confederação Brasileira de Canoagem vai doar, com patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), 15 canoas e caiaques para comunidades indígenas do Alto Xingu. Além disso, vai enviar um profissional para capacitação de técnicos indígenas na modalidade canoagem. 

"Tirar os povos indígenas da invisibilidade é um dos objetivos do Ministério da Cultura: fazer com que o País conheça, reconheça e mostre ao mundo os indígenas brasileiros", explica a responsável pelo projeto, a antropóloga e museóloga Ione Carvalho, assessora especial do ministro da Cultura.

Fonte: MinC

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