quarta-feira, 19 de julho de 2017
Chineses gastaram em média US$ 3.600 por viagem nos últimos 12 meses

Cerca de 28% dos rendimentos dos chineses são gastos com viagens. Destes, os que mais gastam são as pessoas nascidas na década de 80 e 90, que destinam até 35% para viagens. As informações são do sexto relatório anual do Chinese International Travel Monitor (CITM), elaborado pela Hoteis.com.

Apesar de indicadores fornecerem sinais de uma desaceleração na economia chinesa, o CITM desse ano aponta que os gastos com viagens aumentaram em todas as faixas etárias. Os chineses gastaram em média US$ 3.600 por viagem nos últimos 12 meses – mais de um quarto de sua renda – o que corresponde a um aumento de 4% em relação ao ano anterior. Além disso, os viajantes disseram que esperam gastar 10% a mais em suas viagens nos próximos 12 meses. Dois terços dos millennials afirmaram que esperam gastar mais esse ano.

O valor médio gasto por dia também aumentou – 8% a mais do que em 2015 – com restaurantes, passeios e atividades de descanso e relaxamento que se mostram mais populares. Curiosamente, os gastos com compras cresceram 35% em relação ao ano passado, indicando uma crescente sofisticação nas preferências de destinos procurados pelos chineses. A frequência das viagens e a estadia nos destinos também foi outro quesito que apresentou crescimento. Passado de 3 para 4 viagens por anos e de 5 para 7 dias por viagem. Os viajantes chineses também declararam que visitam várias cidades por viagem e mais de 80% disseram que não ficariam em uma única cidade.

PRINCIPAIS DESTINOS
Embora a Ásia ainda seja o destino mais popular (82% visitaram nos últimos 12 meses), o relatório do CITM identificou que as viagens de longo curso para a Europa e a América aumentaram em popularidade. O número de viajantes chineses que visitaram esses destinos nos últimos 12 meses aumentou 25% (Europa) e 11% (América) em relação ao ano anterior. Esses destinos foram particularmente populares entre os viajantes dos anos 80, com 42% visitando a Europa e 29% visitando a América no último ano.

Porém, para os próximos 12 meses, os entrevistados apresentaram um desejo de viajar ainda para mais longe do que antes – França, Estados Unidos, Austrália, Canadá e Alemanha encabeçam a lista-, em comparação com seus rankings em 2016.

Apesar de não estar listado entre os dez destinos mais populares, a América Latina se destacou como uma região atraente. Pesquisas mostram que os viajantes chineses que escolhem a região tendem a gastar mais. Além de serem viajantes frequentes, com uma média de nove viagens por ano, em comparação com uma média de quatro no geral, eles gastam mais US$ 5.600 por viagem contra US$ 3.600 em outros locais do mundo. Embora ainda tenha uma taxa de ocupação razoavelmente baixa de visitantes chineses, a América Latina apresentou um forte crescimento nos últimos 12 meses: 21%.

Já no Brasil, o que mais atrai os turistas são as praias. Cerca de 32% dos chineses procuram conhecer as praias brasileiras, um número sigfnificativo. Em outros locais do mundo, apenas 17% dos chineses querem conhecer atrações litorâneas. Além disso, o Brasil é um país bastante adepto à organização de grupos, pacotes de viagens e excursões, modelo que agrada os chineses. 23% dos turistas conhecem o país dessa forma, contra a média global de 17% em outros destinos.

HOTELARIA AQUÉM DAS EXPECTATIVAS
O relatório identificou ainda os hotéis têm diminuido o investimento em serviços para hóspedes chineses, com apenas 4% gastando mais do que US$ 10 mil em comparação com 12% no ano passado. Apesasr disso, os hotéis têm investido mais em redes sociais e em programas de marketing para atrair turistas chineses e, como resultado aumentando gastos em marketing.

Porém, o relatório identificou lacunas nos serviços oferecidos pelos hotéis comparadas com o que os hóspedes chineses esperam. Entre estes, estão:

-Facilidades chinesas de pagamento em hotéis, como o Union Pay, ocupam o segundo lugar pelos consumidores, mas apenas 18% dos hotéis atualmente oferecem essas instalações. Na verdade, apenas 18% pretendem oferecer esse benefício nos próximos 12 meses;

-Hotéis com equipe fluente em mandarim ficaram em primeiro lugar segundo os viajantes, mas permaneceram baixos na lista para os hoteleiros, com apenas 17% atualmente oferecendo o serviço e 17% planejando nos próximos 12 meses;

-Os restaurantes chineses locais ficaram em quinto lugar na preferência dos viajantes, no entanto, apenas 7% da rede hoteleira atualmente oferece esse serviço. Apenas 13% pensam em oferecer esse benefício nos próximos 12 meses;

-Guias de viagem traduzidos ficaram em quarta posição, mas não são prioridade para a rede hoteleira, 18% dos hotéis atualmente oferecem esse benefício e apenas 21% planejam investir nisso no futuro.

A pesquisa reúne dados de mais de 3 mil viajantes internacionais chineses e quase quatro mil acomodações de parceiros globais da Hoteis.com com os próprios dados da Hoteis.com e outras pesquisas de terceiros.


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