sexta-feira, 8 de setembro de 2017
A roda de conversa "Lendas de São Luís", com a participação do jornalista e escritor Wilson Marques, movimentou a Biblioteca Municipal José Sarney na última quarta-feira (06). O evento, que foi mediado pela diretor da biblioteca, Rita Oliveira, integra a programação de aniversários de 405 anos de São Luís e teve como objetivo atrair um maior número de pessoas para a biblioteca bem como incentivar o gosto pela leitura.

A estudante Geovanna Layara Gomes de Sá, 8 anos, do 3º ano do Ensino fundamental da U.E.B São Sebastião, no Bairro de Fátima, foi um dos alunos que participou da roda de conversa. Ela conta que achou muito legal a contação de histórias sobre lendas. "Gosto muito de ler, tenho muitos livros na minha casa. Ler é uma coisa para a criança ficar mais inteligente", enfatiza.

O evento encerrou com contação de histórias sobre lendas com o grupo Xama Teatro. Segundo Wilson Marques a iniciativa é importante pelo contato que se tem com o público infantil. "É plenamente possível você viver, escrever e ter seu trabalho reconhecido aqui e lá fora também", observa.

OLHARES DA CIDADE

Continuando a programação em alusão ao aniversário de São Luís, aconteceu na Galeria Trapiche a palestra com o tema "Projeto Reviver", ministrada pelo arquiteto Luiz Phelipe Andrès, proponente do projeto de revitalização do Centro Histórico de São Luís. Na oportunidade, o arquiteto abordou vários olhares da Cidade e de seu patrimônio visual e arquitetônico, inspirações de construções e histórico.

"O centro histórico é um tesouro que representa nossa identidade cultural, uma herança do passado, a qual nossa geração tem o dever de manter e preservar para o futuro. Outro importante motivo para preservar o patrimônio é incentivar o turismo, que gera rendas e movimenta a economia", comenta o arquiteto.

Com a plateia cheia, alunos de escolas públicas, estudantes de arquitetura e curiosos conheceram um pouco mais sobre a cidade. A estudante de Artes Visuais, Fabíola Dominici, comenta que a promoção de palestras como essa pelo poder público é de extrema importância. "A partir dessas informações criamos uma consciência de patrimônio, muito enriquecedora, tanto para as pessoas que vivem aqui e para os turistas. Na nossa área de estudo podemos trabalhar com o patrimônio, preservação cultural e de identidade", afirma a aluna.

Além da palestra, quem compareceu à Galeria pode prestigiar a exposição "Acervos", que reúne pinturas e esculturas do conjunto de bens que ocupam prédios e órgãos públicos do município. A Mostra fica em cartaz até o dia 10 de outubro e é composta por 22 obras de artistas maranhenses.

TAMBOR DE CRIOULA

Também na quarta-feira (6), foi celebrado o Dia Municipal do Tambor de Crioula e seus Brincantes, com o projeto "Rufô Tambô", realizado pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. Dez grupos de tambor de crioula se apresentaram em cinco pontos do centro histórico de São Luís, encerrando com uma grande roda na Praça da Faustina.

Os grupos Arte Nossa e Laborarte se apresentaram na Praça Valdelino Cécio, já Mestre Apolônio e Unidos de Santa Fé encantaram o público no Canto da Cultura. A Praça dos Catraeiros foi palco do Tambor de Mestre Ubaldo e Alegria de São Benedito. Pungar da Ilha e Turma dos Crioulos celebraram na Praça Nauro Machado; e os grupos Catarina Mina e Maracrioula fizeram suas rodas no Beco Catarina Mina. Após cada apresentação, os grupos desciam em cortejo para os pontos mais próximos onde estava acontecendo as rodas e, por fim, todos se encontraram na Praça da Fautina.

Este foi o terceiro ano do projeto 'Rufô Tambor', uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura. O coordenador de eventos da SECULT, José Ribamar Moraes, contou como nasceu o projeto. "Após ter sido instituída da Lei 4.349, de 21 de junho de 2014, que determinou esta data para celebrar o Dia do Tambor de Crioula e seus Brincantes, nós pensamos em espalhar a manifestação pela cidade, para que todos pudessem ver, levando as rodas para lugares públicos e privados. Após isso, o reconhecimento do Tambor de Crioula como Patrimônio Cultural do Brasil ganhou mais visibilidade".

Para o secretário municipal de cultura, Marlon Botão, manter a tradição do Tambor de Crioula é algo indispensável e contínuo. "O Tambor deve ser enaltecido por todos os maranhenses, é uma manifestação que só existe aqui e precisamos valorizar, fazer com que esse patrimônio imaterial da humanidade continue vivo".

A Mestra Roxa participa do tambor desde os 7 anos de idade, hoje com 71 anos ela conta a alegria de celebrar essa data. "É uma felicidade muito grande, algo muito bom e bonito, ainda mais por comemorar esse dia dentro do aniversário de São Luís. Nós como tambores tradicionais, levamos esta manifestação para todo o Brasil", destacou a Mestra do Tambor de Crioula do Laborarte e de Mestre Felipe.

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