sexta-feira, 23 de março de 2018

Na semana que marca a passagem do Dia Internacional da Síndrome de Down - 21 de março - escola da rede pública municipal de São Luís realiza diversas atividades lúdicas, palestras e intervenções com o objetivo de conscientizar, por meio de informações a respeito do tema, enfatizando o acolhimento das pessoas no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. A Síndrome de Down não é considerada doença e não impede que o indivíduo tenha uma vida social normal. Por lei, a criança portadora tem que ser matriculada em uma escola regular.

O secretário de Educação, Moacir Feitosa, ressalta que a data chama atenção, principalmente, sobre a importância da inclusão e luta pelos direitos igualitários. "A gestão do prefeito Edivaldo tem como meta principal cuidar das pessoas e é dessa forma que temos feito, implementando, passo a passo, ações que promovem a qualidade da Educação no nosso município, para que todas tenham as mesmas oportunidades e sejam alfabetizadas no tempo certo", disse o titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

A Unidade de Educação Básica (U.E.B.) Governador Leonel Brizola, Vila Luizão, realizou, nesta quarta-feira (21), atividades para destacar a data. A escola possui 14 estudantes com deficiência, entre elas Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. Na programação, a U.E.B fez o mural inclusivo com a mensagem "O 21 de março é o dia Internacional da Síndrome de Down e a (U.E.B) Governador Leonel Brizola apoia essa causa". Toda comunidade escolar está se comprometendo a ter atitudes que favoreçam a inclusão das pessoas com deficiência, não só na escola, mas na vida.

Ana Carolina Mendes Santos, estudante 3º ano, portadora da Síndrome, comenta que gosta muito da escola. "Aqui já aprendi muita coisa. Gosto dos meus professores e colegas. Eles me ajudam nas atividades em sala e brincam comigo", comentou a garota.

Arleia Gomes de Sousa, professora da sala de recurso da U.E.B. Governador Leonel Brizola, responsável pela programação, comentou que a principal mensagem é mostrar que as atitudes em relação à pessoa com deficiência podem ser alteradas. "As nossas atitudes inclusivas hoje, serão responsáveis por uma mudança de sociedade amanhã. Todos nós somos multiplicadores dessa ideia inclusiva, seja na escola, em casa, na igreja. Digo para os estudantes que nós somos sementes e precisamos crescer, florescer e multiplicar". A professora da sala de recurso também explicou que o dia 21 de março foi escolhido como Dia Internacional da Síndrome de Down porque a Síndrome é uma alteração genética no cromossomo 21, que deve ser formado por um par, mas no caso das pessoas portadoras, aparece com três exemplares (trissomia).


Além das intervenções no pátio da escola, Arleia Sousa, fez um ciclo de palestra nas turmas com um bate-papo sobre a importância de respeitar o outro, com imagens de redes sociais e exemplos que mostram para os estudantes que ter atitudes inclusivas é uma mudança de postura. "Inclusão é, sobretudo, respeito. Se você não respeita, você não tem como incluir ninguém. Fico muito feliz porque na escola nós temos vários estudantes com deficiência e a visão das crianças tem mudado em relação aos outros" ressaltou Arleia.

João Mateus Ferreira Matos, colega de turma da Ana Carolina, falou que é uma experiência rica estar na sala de aula com todos, igualmente. "Ela vai poder ter uma profissão, ser independente, e viver bem. E nós temos que ajudar para ninguém se sentir excluído". Samira Mafra Mendes, 12 anos, disse que as pessoas que têm deficiência são iguais. "Temos que fazer com que todos os nossos colegas se sintam bem em sala de aula e participem para aprender com a gente".

Pâmela dos Reis Pereira, professora do 3º ano da turma de Ana Carolina, comenta que a inclusão não se faz só com adaptação para acessibilidade, vai além, embora seja um dos braços da inclusão, mas nada adianta se não tiver mudança de postura e comportamento. "Precisamos entender que qualquer pessoa precisa estar na escola e todos precisam lidar com a diferença. Pelo fato do estudante ser deficiente, ele precisa ser potencializado em algumas habilidades que irão melhorar a autonomia dele na sociedade e prepará-lo para o mundo".

A estudante do 6º ano, Pâmela Rodrigues França, 12 anos, contou que assistiu na televisão a reportagem da primeira professora com Síndrome de Down. "Gostei da atitude e coragem dela de enfrentar as barreiras da vida e conseguir ser professora. Já sei que eles podem ser felizes e fazer tudo igual a gente", contou a garota.

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