quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Da tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado estadual e deputado Federal eleito, Bira do Pindaré (PSB), voltou a destacar preocupação com o perfil do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e as primeiras medidas tomadas. Segundo o parlamentar, os primeiros anúncios já demonstram, claramente, a irresponsabilidade deve ser uma das marcas da gestão que assume no dia 1° de janeiro.
Como exemplo, ele citou a fusão entre o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura. “É a raposa cuidando do galinheiro”, disse. Para o socialista, algo impossível de dar certo e que trará prejuízos imensos, inclusive, para o agronegócio, visto que o mercado internacional não vai aceitar os produtos brasileiros em razão da mácula de não ter o respeito aos princípios básicos de preservação do meio ambiente.
“Os próprios empresários do setor deveriam reagir contra isso, porque é uma medida que causa um retrocesso monstruoso em relação à política ambiental em nosso país. De maneira que nós estaremos vigilantes. Várias pessoas já se manifestaram alertando para gravidade dessa decisão. Mas eu, particularmente, confesso a vocês que não esperava outra coisa que não fosse esse tipo de situação. E, pior, isso é só o começo. O que vem por aí é muito mais grave”, alertou.
Neste sentido, Bira destacou que acredita que a maioria dos eleitores de Bolsonaro vão se arrepender muito antes do imaginado, porque, afirmou, é um projeto que nasce morto, que não tem perspectiva e que não oferece nenhuma garantia de solução para os problemas que mais afetam a nossa população.
“A nossa população está carente é de empregos, de trabalho, de educação pública, gratuita e de qualidade, de saúde e segurança que atenda o nosso povo. E esse presidente vai marchar na contramão de tudo isso. Se depender deles, a educação pública vai ser toda privatizada, não vai ter mais FIES, não vai ter mais PROUNI, não vai ter mais cotas para a população menos favorecida. Vão desmontar tudo que se conquistou de direito ao longo desse tempo”, pontuou.
O socialista acrescentou que a agenda proposta por Jair Messias Bolsonaro é a mesma do Governo Temer, mas com intensidade ainda maior. “É a agenda que tirou direitos do Trabalhador, que quer acabar com a aposentadoria do povo, com o Sistema Único de Saúde (SUS). Se depender deles, quem quiser se aposentar ou ter acesso a saúde, vai comprar um Fundo de Previdência ou um Plano de Saúde no Bradesco ou no Itaú. Não vai ter Banco do Brasil, nem Caixa, nem Banco da Amazônia”, completou ao dizer que “Esse é o projeto que venceu a eleição no Brasil. É um projeto da crônica da tragédia anunciada”.
Eleito com 99.598, o deputado Bira afirmou ainda que vai assumir o mandato na Câmara Federal no dia 1º de fevereiro e que vai acompanhar de perto cada passo por uma questão de coerência com a história e posição política assumida por ele.
“Não votamos com o senhor Jair Bolsonaro. Minha posição foi clara e pública desde o 1º turno, votei no Fernando Haddad porque não concordava com o projeto representado por este senhor e por essa razão, nós seguiremos firmes, democraticamente, responsavelmente, na oposição, cobrando dele e do seu governo que faça aquilo que o povo precise. Ele se dispôs a resolver os problemas do Brasil, agora a batata quente está na mão deles. A nossa luta continua”, concluiu.
Fonte: Ascom
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