segunda-feira, 15 de abril de 2019

No próximo dia 17 de abril, acontece I Seminário de Hospitalidade e Acessibilidade da UFMA:  O seu propósito central é o de promover debates em torno dos temas da inclusão e acessibilidade, de modo a sensibilizar e integrar estudantes, docentes e servidores da UFMA e  de outras IES maranhenses, além da comunidade em geral, acerca do seu papel na recepção e inclusão da pessoa com deficiência.

Cerca de 24% da população brasileira é composta por pessoas com deficiência. Isso significa que 45 milhões de pessoas, só no Brasil, têm alguma deficiência visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Esses dados foram coletados pelo Censo do IBGE (2010). Ainda, de acordo com o Relatório Mundial de Deficiência elaborado pela ONU, são mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo, ou seja, 1 em cada 7 pessoas.

Não há infraestrutura

Ainda é muito difícil para PCDs viajarem devido à falta de estrutura, pouco conhecimento e equipes mal-preparadas. O Brasil tem os patrimônios naturais e a biodiversidade mais ricos do planeta, mas seu potencial turístico é limitado por deficiências em segurança, infraestrutura, mão de obra e outros fatores.

Essa é a conclusão do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês - 2017) - numa lista de 136 países, o Brasil aparece em primeiro lugar em potencial de recursos naturais, mas perde competitividade em quase todos os outros 13 itens listados. No ranking geral, fica na 27ª posição e o quesito Turismo de Acessibilidade está incluído nos itens de infraestrutura e mão de obra. 

O Brasil também tem recursos culturais "muito fortes", que incluem desde patrimônios a eventos esportivos e de entretenimento, e desenvolveu uma estrutura turística relativamente boa, mas peca em vários outros quesitos.

O Ministério do Turismo publicou em 2013 uma pesquisa realizada com pessoas com deficiência. Os entrevistados não acreditam que os prestadores de serviços turísticos sejam capacitados para atendê-los. Falta informação e muitas vezes ela não condiz com a realidade. Ainda foi considerado que destinos que oferecem maior contato com a natureza estão menos adaptados em relação aos outros.
Quem não se adapta perde turistas

Nessa mesma pesquisa feita pelo MTur, a maioria dos pesquisados leva uma vida bastante ativa profissional e socialmente. Todos foram considerados potenciais turistas e consideram o lugar, estrutura e atendimento para escolher seus destinos.
É Lei

A Constituição brasileira garante que lugares, serviços, prédios e transportes devem ser adaptados para pessoas com deficiência. Eles têm direito de ir e vir assim como qualquer um. Acessibilidade no turismo não é mais um diferencial, mas sim uma obrigação. A deficiência deixou de ser vista como problema individual da pessoa. Segundo a ONU, ela é resultante das barreiras impostas pelo ambiente, ou seja, é dever do governo e da sociedade fornecer condições ideais para incluir todos os cidadãos.

Rampas de acesso, vagas reservadas, sinalização adaptada, corrimão e piso antiderrapante são alguns exemplos do que chamamos de Acessibilidade, direito fundamental das pessoas com deficiência, seja ela permanente ou temporária. É essencial para que o viajante seja bem recebido e atendido em qualquer destino escolhido.Também é importante informar com antecedência à empresa de transporte de passageiros contratada e o hotel em que irá se hospedar sobre suas necessidades específicas para garantir a satisfação na viagem.

Quando: 17/04
Horário: das 8h as 18h
Local: antiga Fábrica Santa Amélia, onde funciona os cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA. Centro Histórico.

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