quarta-feira, 12 de junho de 2019
Para lembrar de Dona Teté e contar a história de uma das expressões culturais mais populares do Maranhão, o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho abriu a exposição “Cacuriá de cabo a rabo, o legado de Lauro e Teté”. A mostra fica aberta até o dia 15 de julho, de terça a sábado das 9h às 18h, e aos domingos das 9h às 13h30, na Rua do Giz, 221, Praia Grande, centro histórico de São Luís.

Uma das curiosidades da exposição são as peças originais usadas por Dona Teté nas apresentações, inclusive sua inseparável caixa de onde tirava os batuques peculiares do Cacuriá, ritmos que sempre encantaram o público.

Para a diretora do Centro de Cultura Popular, Ana Cláudia Damasceno, a mostra é uma oportunidade de mostrar, nesse período de festas juninas, a riqueza da diversidade cultural do estado.

“Dona Teté, personagem principal da exposição, foi quem iniciou, com apoio do grupo Laborarte, o conhecido e batizado Cacuriá de Dona Teté, dança de roda animada por instrumentos de percussão, símbolo do movimento folclórico”, conta Ana Cláudia.

“Os elementos da festa do Divino também têm sua representatividade na exposição pelo fato do Cacuriá ter tido sua origem nessa manifestação cultural, e que remonta ao trabalho realizado pelo artista popular Lauro, que criava os versos que dão origem as cantigas do Cacuriá”, complementa a diretora do centro de Cultura Popular.

Indumentárias, caixas, cruzetas do mastro (festa do Divino) e outros artefatos usados na brincadeira compõem a exposição que reúne cerca de 70 elementos característicos do Cacuriá de Dona Teté.

Para a realização da exposição, o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho (equipamento vinculado à Secretaria de Estado da Cultura) fez parceria com o Laborarte, que cedeu a maior parte do acervo exposto, e com a filha Marlene, que gentilmente cedeu roupas, caixa do Divino e alguns quadros pertencentes a Dona Teté.

História

O Cacuriá é dançado com passos marcados, e os dançarinos em pares formam um cordão, ao ritmo dos sons que saem das caixas (pequenos tambores), animado por um cantador ou cantadora, cujos versos de improviso são respondidos em coro pelos brincantes.

A brincadeira foi popularizada por Dona Teté, em 1986, mas sua inspiração surgiu muito antes, quando a menina Almerice da Silva Santos (Teté), nascida em 1924, no bairro do Batatã/Coroadinho, em São Luís, aprendeu a tocar Caixa do Divino, aos 8 anos de idade.

Muito tempo depois ela iniciaria a vida artística, aos 50 anos de idade, participando das festividades do Divino Espírito Santo, promovidas pelo folclorista Alauriano Campos de Almeida (Seu Lauro), na Vila Ivar Saldanha. Com essas influências e mais o apoio do Laborarte, nasceu o Cacuriá de Dona Teté.

O grupo é sucesso garantido em todos os eventos que participa, principalmente nos festejos juninos, e já fez apresentações nacionais e internacionais.

Fonte: Sectur 

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