segunda-feira, 7 de outubro de 2019

É chegado o verão.

A estação mais quente e animada do país traz consigo um imenso movimento turístico, proporcionando o aumento dos gastos com viagens e fazendo com que as cidades turísticas aqueçam suas economias.

De todos os elementos da cadeia produtiva do turismo, nenhum sente tanto essa mudança no bolso, quanto o Guia de Turismo.

O Guia de Turismo é aquela figura que ama a cidade onde vive e trabalha com afinco divulgando suas belezas, seus momentos históricos importantes, e cuidado bem de seus visitantes. Está na ponta da cadeia, sendo o verdadeiro elo entre os turistas e a cidade. 

É ele, que com muita diplomacia, estende o tapete vermelho dos atrativos turísticos para aqueles que vieram descobrir os prazeres de uma nova ventura.

O Guia trabalha na maioria das vezes como free lance, ou seja, sem vínculos empregatícios com agências de viagens e operadoras turísticas. Na maioria das vezes possui um cadastro nas empresas e se coloca à disposição para trabalhos de condução, acompanhamento e monitoramento de grupos, de acordo com os roteiros ofertados pelas empresas.

O fato de não ter vínculo, garante ao Guia o pagamento dos passeios logo após a prestação do serviço, ou quando acordado previamente, de 15 em 15 dias, no máximo.

O pagamento feito duas vezes ao mês, associado a um movimento intenso de turistas, permite que o Guia de Turismo possa “acalorar” o bolso nessa época do ano, já que suas economias estão diretamente ligadas à maior ou menor frequência de turistas na cidade.

José Augusto Mendes, não por acaso, um grande amigo, é um dos Guias de Turismo mais atuantes no Estado do Maranhão, com ênfase para atuações em São Luís e Barreirinhas, principal portão de entrada para o Parque Nacional dos Lençois Maranhenses. É daquelas pessoas carismáticas e engraçadas que reconhece de longe o perfil do grupo que irá trabalhar. Tem um feeling todo especial cativar grupos de todo porte. 

Pelo fato de ter muita experiência na condução de grupos e de também atuar como professor universitário, sempre esteve ativo nas discussões acerca da melhoria do turismo, em especial, em São Luís.

Lembro-me das muitas discussões travadas por nós, há algum tempo, quando eu também atuava como professora do Curso de Turismo e criava, vez por outra, workshops, semanas temáticas, viagens de benchmarking e diversos eventos para dinamizar o curso e a atividade em nossa Ilha. Augusto sempre era convidado para palestras e composição de mesas, cujo objetivo pensado por mim, é claro, era dar um toque de alegria, veracidade e polêmica aos temas.

Sim, Augusto tem um poder de criar situações engraçadas e de fazer todos entenderem como de fato, as coisas acontecem no turismo.

“O Índice Augusto de Economia Turística” foi rapidamente definido quando em certa vez, um aluno levantou a mão na plateia e perguntou inocentemente, como os Guias de Turismo percebem e lidam com a sazonalidade do turismo. Ele mais que depressa pegou o microfone e respondeu: 

- Simples! Quando eu consigo pagar o cartão de crédito, é alta. Quando eu pago o mínimo, é baixa estação!

Texto Originalmente publicado na Edição N° 101 fevereiro 2013 do Jornal Cazumbá 
Foto Ilustrativa/Internet 

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