sexta-feira, 10 de junho de 2022

A globalização e a pandemia evidenciam essa necessidade de contemplar cada vez mais as escolas do Brasil

A tecnologia e a inovação são temas cada vez mais presentes nas práticas da rotina escolar, ainda mais com o fenômeno do crescimento sem fronteiras da globalização e a inesperada pandemia da Covid-19, que exigiram esforços tecnológicos para superar as emergenciais barreiras do distanciamento dos últimos anos.

Dados da Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos Domicílios Brasileiros (TIC Domicílios) apontam que em 2020, 82% das escolas brasileiras possuíam acesso à internet, distribuídos em 98% nas áreas urbanas e 52% nas rurais. Sobre o uso de plataformas digitais para o ensino e aprendizagem nas escolas urbanas, os números apontam um crescimento de 22% em 2016 para 66% em 2020.

O impacto positivo

A gestora educacional, diretora do Colégio Educator Invictus e 1ª vice-presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Maranhão (Sinepe-MA), Ana Lília Figueiredo Teles de Menezes, acredita que os docentes que dispensarem a tecnologia a favor da aprendizagem estarão em grande desvantagem, por ter limitações no atual horizonte de oportunidades comunicativas. “Se não sou eficaz na minha comunicação, não alcançarei os objetivos escolares. A tecnologia é hoje a linguagem do nosso aluno em qualquer idade; é necessário entendê-la como um aliado potencial e indispensável”.

Ana Lília considera as plataformas digitais como ferramentas indiscutíveis e cheias de vantagens na utilização dos diversos recursos que a mesma oferece para promover a aprendizagem significativa.

A 1ª vice-presidente do Sinepe-MA lembra que, durante a pandemia, os professores tiveram a urgência de utilizarem a tecnologia para transmissão de aulas. “Ainda não estamos no ponto ideal, mas essa foi uma oportunidade, através das formações oferecidas, de conhecer ferramentas interessantes e com grande potencial para a obtenção de resultados mais promissores. As metodologias ativas convocam os professores a recorrerem às novas propostas onde a tecnologia é recurso e ferramenta de aprendizagem”. Ela acrescenta que inúmeros aplicativos favorecem e facilitam o trabalho docente, a exemplo da realidade aumentada, estendida e virtual, ambientes colaborativos, curso online aberto e massivo (MOOCs), vídeo aulas, gamificação e muitas outras que tornam a sala de aula mais interessante e propícia ao aprendizado.

Os desafios

Esse trabalho é um desafio, segundo a gestora, pela necessidade de iniciar uma proposta de conscientização de docentes, discentes e pais, ou seja, de toda a comunidade escolar. “A tecnologia pode oferecer distrações, o aluno deve ser o protagonista de sua própria aprendizagem e se responsabilizar pelos seus atos e consequências. Não é interessante que o professor exerça a função de policial em sala de aula, fiscalizando, proibindo e punindo atos indevidos”, conta.

“O professor, nesse processo deve ser facilitador e até que o aluno atinja essa maturidade e autonomia leva tempo, é um processo. Processo esse que, se for bem planejado, trará resultados fantásticos e surpreendentes à educação!”, completa Ana Lília.

Informação: Cores Comunicação 

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