sexta-feira, 8 de julho de 2022

Indicado pelos especialistas e contrapondo o receio da maioria das pessoas, o treinamento resistido, popularmente conhecido no Brasil como musculação, é recomendado para a qualidade de vida e uma maior autonomia na rotina por parte dos idosos. Claro, com alguns pontos de atenção que passam pelas checagens da situação física e a investigação da saúde do idoso, se há alguma doença ou estado que exijam a suspensão, ou um cuidado diferenciado.

O acompanhamento do profissional de educação física é essencial para garantir uma musculação sem riscos na terceira idade. O professor do curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio São Luís, Raphael Furtado, enumera alguns cuidados indispensáveis no envelhecimento saudável através da musculação. “Antes de iniciar o processo de musculação é necessária uma avaliação prévia, que serve para investigar a prontidão desse idoso para fazer essa atividade, além de checar possíveis fatores de risco que podem levar a alguma complicação durante a prática”.

O profissional de educação física deve ser o responsável por conduzir todo o processo de avaliação e prescrição dos exercícios de maneira individualizada, explica Raphael, pois no acompanhamento é possível controlar a carga de peso, a quantidade de repetições, os intervalos de descanso e os tipos de aparelhos físicos devem ser usados pelos idosos.

O professor da Estácio recomenda que as pessoas da terceira idade devem somar pelo menos 150 minutos de atividades moderadas por semana, além disso, devido todas as perdas provocadas pelo processo de envelhecimento como a redução da massa óssea (osteopenia e osteoporose) e redução da massa muscular (sarcopenia) e consequentemente a perda de força, eles devem participar de programas de exercício que envolvam treinamento de força e também de equilíbrio, e nesse sentido a musculação é uma modalidade muito eficiente nesses objetivos.

Segundo os especialistas, a prática da musculação fortalece as articulações, alivia dores e pode prevenir doenças cardíacas e ósseas, além de também ajudar no controle da glicemia, importante nos casos das diabetes tipo 2.

Raphael ainda acrescenta algumas dicas que vão além da academia e passam pelos hábitos de vida no dia a dia. “O idoso deve priorizar um estilo de vida ativo, com mais movimento e autonomia, e a família nesse processo, precisa incentivar e evitar, quando possível, aquela imagem atrelada a fragilidade e dependência na terceira idade. Com relação à rotina alimentar, é necessário um ajuste no consumo de nutrientes, pois a demanda é diferente das outras faixas etárias, por isso uma equipe multiprofissional é importante para fazer esse tipo de controle, como, por exemplo, o acompanhamento junto ao nutricionista”, finaliza.

Informação: Cores Comunicacão 

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